Surtos locais? "Não há indicação para medidas especiais"

Conferência contou hoje com o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, e com a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas.

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Notícias Ao Minuto
07/10/2020 14:07 ‧ 07/10/2020 por Notícias Ao Minuto

País

Covid-19

Após ter sido revelado o mais recente boletim epidemiológico, teve início a conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (Covid-19). Esta contou hoje com o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, e com a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas.

A taxa de letalidade global é de 2,5% enquanto a taxa de letalidade acima dos 70 anos se situa nos 13,1%, começou por avançar o Secretário de Estado da Saúde. 

Diogo Serras Lopes continuou a intervenção fazendo um 'retrato' da evolução da pandemia em Portugal. "Durante o mês de setembro, registámos um total de 18.153 casos por infeção por Covid-19. Este número compara com o mês de abril, 16.736 casos que era, até agora, o mês com maior número de casos"

Este aumento, acrescentou, "não surpreende quando consideramos o retomar progressivo da atividade a que assistimos", não apenas na "dimensão económica, mas também em setores como a Educação, com o regresso às aulas, ou na Saúde com o regresso da atividade assistencial". 

O Secretário de Estado da Saúde frisou que esta questão "não é também um exclusivo da situação portuguesa, bastando para tal observar a evolução da pandemia noutros países". É um "contexto novo em que todos aprendemos todos os dias". 

No entanto, disse ainda, este crescimento do número de casos "não está a implicar, a esta data, uma utilização igual e muito menos maior dos serviços hospitalares" do que aqueles que "assistimos em abril e maio". "Estamos prontos a reagir caso seja necessário". 

Surtos locais? "Não há indicação para medidas especiais"

Não antecipando as medidas que poderão vir a ser tomadas na próxima quinzena ou se a situação de contingência se manterá, Diogo Serras Lopes passou a palavra à Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, para dar uma explicação acerca da implementação de eventuais confinamentos locais.

"Neste momento, as indicações que há é para dirigir as medidas. Adaptar as medidas aos parâmetros locais da epidemia e, à data do dia 7, todos os municípios do pais estavam abaixo de uma incidência de por, 100 mil habitantes, abaixo de 20, isso dá-nos alguma tranquilidade", destacou a responsável. "Não há indicação para medidas especiais" e "apesar dos números, não estamos num crescimento exponencial", sublinhou ainda.

Trace Covid. "Autorreporte" está "em desenvolvimento"

Em relação à Trace Covid, a Direção-Geral da Saúde está a "fazer tudo" para "simplificar os procedimentos continuando a garantir a segurança das pessoas que, por terem sintomatologia ligeira ou até por não terem sintomatologia, estão em casa". O que está "em desenvolvimento", afirmou Graça Freitas, é "um autorreporte, as pessoas poderem, elas próprias, reportar os seus sintomas, sendo que a primeira avaliação é sempre de iniciativa médica"

"Estamos a simplificar os procedimentos até porque sabemos que, com o inverno, pode haver ainda mais pssoas com vigilância e esta situação tem de ser simplificada sem perder a segurança", concluiu a Diretora-Geral. 

Escolas? Graça Freitas diz que "situação está controlada". Há 23 surtos

Questionada sobre as escolas, Graça Freitas assegurou que a "situação está controlada" e que "por vezes, uma escola tem apenas um único caso mas isso pode implicar a ida de alguns contactos próximos para casa". A decisão de "irem apenas algumas pessoas para casa tem também muito a ver com a própria organização da escola", esclareceu também. 

Há, neste momento, em Portugal Continental, "23 surtos em escolas" identificados pelas Autoridades de Saúde. Destes, três são no Norte, três no Centro, 12 em Lisboa e Vale do Tejo e um no Algarve. "Estes surtos têm 136 casos positivos, entre alunos e funcionários docentes ou não-docentes"

O impacto da abertura das escolas na difusão da epidemia "não é claro neste momento", mas "há familiares doentes e parece que a transmissão ocorreu mais dos familiares para as crianças do que ao contrário". Ainda é "precoce" para termos a certeza de "qual é o impacto da abertura na dinâmica da pandemia: não parece ter um impacto muito grande e a situação é de controlo", reiterou. 

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[Última atualização às 14h53]

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