"Durante meses suportámos encargos como água, luz, renda, impostos, salários, internet, telefones, sistemas de faturação e fornecedores. Durante meses aguardámos a luz no fundo do túnel, sem saber quando e como reabriríamos. Em maio permitiram-nos abrir. Desde maio, nada foi como dantes", lê-se no manifesto deste movimento.
No documento, os profissionais garantiram ter cumprido todas as regras e limites impostos pelo Estado, sem qualquer mudança ao nível dos seus deveres e obrigações.
"Vivemos num Estado social. Pagamos os nossos impostos e contribuições para que, em caso de necessidade, estejamos protegidos. E exigimos, agora, essa proteção", vincaram os profissionais.
Neste sentido, o movimento exige a adoção de medidas como apoios financeiros a fundo perdido para compensar os prejuízos acumulados no setor dos bares e discotecas, eventos, restauração, comércio e fornecedores, apoios para a restauração e comércio pela redução de horários, cuja reposição reclamam para os restaurantes, bares e comércio local.
Por outro lado, reclamam a isenção da taxa social única (TSU) até ao final de junho de 2021, a redução da taxa de IVA até 31 de dezembro do próximo ano, apoio ao pagamento das rendas, a "injeção direta" de fundos nas empresas "sem a exigência de ter as finanças e a segurança social em dia", o regime de 'lay-off' para sócios-gerentes independente ou o pagamento em seis prestações do IVA automaticamente aprovado.
Estes profissionais querem ainda apoios a fundo perdido à manutenção dos postos de trabalho e às tesourarias das empresas, o "reforço imediato" das linhas de crédito, a isenção de impostos nas rendas dos imóveis, durante a proibição de exercício da atividade, o prolongamento dos contratos de arrendamento por mais três anos, a anulação de multas pelo pagamento atrasado de impostos, assim como o prolongamento dos apoios da Segurança Social aos trabalhadores independentes.
Estes trabalhadores convocaram ainda uma manifestação para sexta-feira, às 16:00, nos Aliados, Porto, e outra no sábado, pelas 12:30, no Rossio, em Lisboa.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.285.160 mortos em mais de 52,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 3.181 pessoas dos 198.011 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.