Erros "pontuais" no plano de vacinação não devem distrair os portugueses
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, disse hoje que os casos pontuais de irregularidades no processo de vacinação não devem ser usados para distrair os portugueses da importância da toma da vacina contra a covid-19.
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País Covid-19
"Não devemos distrair as atenções dos portugueses com estas questões. O essencial é dizer que a vacinação não é uma oportunidade, mas a oportunidade", disse António Lacerda Sales à margem de uma visita à Casa dos Atletas, da Federação Portuguesa de Futebol, que está a funcionar como Estrutura de Apoio de Retaguarda para doentes covid-19.
Depois de questionado sobre se a sua mulher, prestadora de serviços na Santa Casa da Misericórdia de Leiria, teria sido indevidamente vacinada, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde garantiu que isso não aconteceu e reiterou que tem de haver "tolerância zero" face a casos de vacinação indevida.
"Existem prioridades, existem planos tecnicamente elaborados e, portanto, têm de ser cumpridos. Devemos dizer isto aos portugueses e não distraí-los com situações pontuais, que obviamente devem ser corrigidas e punidas", declarou o governante, acrescentando que "é preciso que os portugueses sintam confiança no processo de vacinação".
Quanto ao desenrolar do plano de vacinação, Lacerda Sales considerou que "está a correr bem", destacou que já foram aplicadas 300 mil primeiras doses e 100 mil pessoas já foram inoculadas com duas doses, mas admitiu que existem constrangimentos no fornecimento e que "o plano depende da produção e chegada das doses a Portugal".
Relativamente ao desconfinamento, depois de a ministra da Saúde, Marta Temido, ter referido que tal pode só vir a acontecer em meados de março, Lacerda Sales não se comprometeu com datas e disse ser preciso esperar pelas "melhores oportunidades".
"Temos de ter o bom senso de perceber, agora que temos uma luz ao fundo do túnel, com o decréscimo dos números, que temos de esperar as melhores oportunidades para que isso venha a acontecer. Os portugueses têm aderido muito bem a esta fase de confinamento, e o que vamos fazer é esperar com tranquilidade e fazer descer o mais possível os números, criando uma almofada que nos permita depois ter um desconfinamento gradual e progressivo, por forma a reativar o nosso tecido social e económico", afirmou o secretário de estado.
Sobre o apoio que a Federação Portuguesa de Futebol deu no combate à pandemia de Covid-19, ao disponibilizar a Casa dos Atletas como Estrutura de Apoio de Retaguarda, Lacerda Sales agradeceu, em nome do ministério da Saúde, o "extraordinário exemplo" dado pela federação ao acolher doentes com covid-19.
"Passaram por aqui centenas de doentes e é um exemplo de que estamos realmente todos convocados para combater esta pandemia", elogiou o governante.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 2.325.744 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.557 pessoas dos 770.502 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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