A inspetora do SEF Irina Fonseca, ouvida como testemunha na terceira sessão do julgamento do caso da morte de Ihor Homeniuk, disse em tribunal, de acordo com a SIC Notícias, que as condições do centro de detenção eram “deploráveis”.
O local, acrescenta o Diário de Notícias (DN), tinha capacidade máxima para 60 pessoas, mas chegaram a estar lá mais de 100, tal como aconteceu em março do ano passado, quando o cidadão ucraniano morreu, ao cuidado do SEF.
Ainda segundo o mesmo jornal, parte destes cidadãos dormia em colchões colocados no chão. Apesar disso, o SEF cobrava 90 euros mais IVA, por dia, por cada pessoa, ou seja, quando Ihor morreu, o serviço estava a receber mais de 10 mil euros ao dia.
O valor, que subiu no verão passado para 100 euros, era cobrado, tal como prevê a lei, às companhias aéreas que transportaram os cidadãos que não têm entrada admitida no território nacional.
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