À margem da inauguração do centro de saúde na Nazaré, esta sexta-feira, o primeiro-ministro sublinhou a importância do investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que se tornou mais evidente durante a pandemia de Covid-19. "Estamos cheios de vontade de ir mais além" para que "se possa reforçar os programas de saúde comunitários e a saúde pública e para isso é preciso continuar a investir no SNS", destacou.
Acompanhado pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, nesta inauguração, António Costa vincou que neste último ano "ficou clara para todos a importância do SNS. No meio da pandemia mais dura que enfrentámos, nos desafios mais exigentes que enfrentámos", destacou-se a "capacidade de resposta do SNS, a excelência dos seus profissionais, todos foram essenciais para responder aos portugueses nesta calamidade".
Por isso, depois deste ano, a "lição fundamental que temos de tirar é que o investimento em saúde tem de ser sempre prioritário". Foi esse investimento, aliás, "que permitiu realizar este centro de saúde [da Nazaré]".
O líder do Executivo aproveitou para enfatizar o investimento que foi levado a cabo na legislatura anterior, no domínio da saúde, e que tem vindo a ser reforçado. "Desde 2016 até agora, há mais 20 mil profissionais de saúde em termos líquidos. E tínhamos decidido que esta legislatura ia ser a do reforço do SNS. Começámos a legislatura com um orçamento que abriu com um reforço extraordinário de 900 milhões de euros para o SNS".
Com a pandemia, "tivemos de reforçar e, no único Orçamento Suplementar destes cinco anos, acrescentámos mais 500 milhões de euros para o SNS. Ou seja, só no ano passado, o reforço de verbas no SNS foi o mesmo que tínhamos tido nos quatro anos anteriores".
No entendimento do governante, "não podemos parar" e, por isso, o Orçamento para 2021 "prevê mais 1.200 milhões de euros de reforço do SNS. No total, este ano, o SNS vai dispor de 12.100 milhões de euros. O esforço tem de ser continuado porque temos metas ambiciosas".
Com efeito, o Governo prevê usar verbas do Plano de Resolução e Resiliência (PRR) para reforçar "o SNS e fazer as mudanças estruturais que ajudam a reforçar o SNS na sua base, a que está próxima das pessoas", nomeadamente as unidades de saúde familiares, de cuidados continuados integrados, de cuidados paliativos e de saúde mental".
A par da saúde oral, os cuidados continuados serão outra das prioridades, considerando o Governo ter "possibilidade de concluir essa rede, de forma a assegurar o número de camas suficientes em todo o país", afirmou Costa.
A conclusão da rede será feita "em parceria com as misericórdias e com as mutualidades", para que "todos possam ter mais esperança de vida", com "maior qualidade", disse.
Este novo centro de saúde conta com 30 profissionais e com as valências de Saúde Oral, Fisioterapia e psicologia.
[Notícia atualizada às 13h35]
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