O secretário geral da Saúde comentou, esta segunda-feira, o relatório do INSA, que dá conta de que 15,5% da população portuguesa já tem anticorpos contra a Covid-19. Diogo Serra Lopes admitiu que com o avançar dos meses, esta percentagem vai aumentar e que "muito provavelmente", se "as previsões se concretizarem, no verão, mais para o início do que o final, 70% da população adulta estará vacinada"
O governante não quis, contudo, apontar datas específicas. "Gostamos muito pouco de dar metas específicas porque muitas vezes somos confrontados com notícias menos boas sobre os planos de vacinação", vincou, referindo-se por exemplo às doses que foram inutilizadas e que afetaram o decorrer do processo de vacinação.
Diogo Serra Lopes, que marcou presença num centro de vacinação em Portimão, no Algarve, explicou também o motivo pelo qual só hoje este centro foi aberto, embora já estivesse disponível desde março. Segundo o próprio, "o ritmo da vacinação depende apenas de uma coisa, que é a chegada das vacinas a território nacional".
"Eu costumo dizer a frase 'vacina chegada é vacina dada' e continuamos a fazer isso. Se as previsões se concretizarem, naquilo que são as vacinas, então, durante o verão, mais para o início do que para o final, chegaremos aos 70% da população adulta vacinada" (Serra Lopes)
Posto isto, defendeu, "até agora não era necessário aumentar a capacidade, dado que as vacinas que tínhamos disponíveis, não o justificavam". O governante garantiu, porém, que não houve nunca "um momento em que a vacina tivesse chegado e não tivesse sido dada".
"Temos tido uma média de 60 mil vacinas administradas diariamente. Vamos rapidamente ter de chegar às 100 mil vacinas por dia e é este escalar da operação que obriga a que haja mais centros", referiu.
Ainda sobre a vacinação no Algarve, e questionado sobre o facto de ser uma das regiões do país onde há menos pessoas vacinadas, o secretário geral da Saúde defendeu: "Não me parece que a taxa [de vacinação] do Algarve seja significativamente mais baixa", referindo que os números "são diferentes tendo em conta a composição etária da população".
"[O Algarve] para o bem e para o mal, nesta situação, tem uma população mais jovem, menos lares", afirmou, lembrando que o plano inicial da vacinação deu prioridade à população mais idosa.
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