Autarca de Beja diz que concelho deverá estar "sempre na linha de risco"

O presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, alertou hoje que o concelho deverá estar "sempre na linha de risco" quanto à taxa de incidência da covid-19 superior a 120 casos por 100 mil habitantes.

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Lusa
30/04/2021 13:41 ‧ 30/04/2021 por Lusa

País

Covid-19

"Beja tem alguns bairros complicados e temos também uma grande percentagem de população migrante. Somos um concelho, analisando todas estas características e variáveis, que estaremos sempre na linha de risco", lamentou o autarca, em declarações à agência Lusa.

O primeiro-ministro António Costa alertou na quinta-feira que há 27 concelhos que devem estar alerta porque registam uma taxa de incidência da covid-19 superior a 120 casos por 100 mil habitantes e que, se tiveram uma segunda avaliação negativa, podem ficar retidos ou recuar no plano de desconfinamento.

Esses 27 concelhos são: Alijó, Alpiarça, Arganil, Batalha, Beja, Boticas, Cabeceiras de Baixo, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Coruche, Fafe, Figueiró dos Vinhos, Lagos, Lamego, Melgaço, Oliveira do Hospital, Paços de Ferreira, Penafiel, Peniche, Peso da Régua, Ponte da Barca, Póvoa de Lanhoso, Tábua, Tabuaço, Vidigueira e Vila Real de Santo António.

"Nós temos um número um pouco mais elevado do que os 120 [casos por 100 mil habitantes] nesta última quinzena, andará pelas nossas contas na ordem dos 226 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias" indicou o autarca.

Paulo Arsénio explicou que estes números estão relacionados com um surto que foi detetado num bairro "muito específico" daquela cidade.

"Num município como Beja, se a medição for feita à quinzena, bastam 41 novos casos (por quinzena), independentemente dos recuperados, para que Beja fique no vermelho e não possa continuar a avançar", disse.

De acordo com o autarca, o concelho contabiliza nesta altura "75 casos ativos".

O presidente da Câmara de Beja considerou ainda "positivo" que o Governo tenha alterado a avaliação dos casos covid-19 nos concelho de quinzenal para semanal.

"Isso, em termos de economia local, é menos penalizador do que estarmos duas semanas fechados ou mais retraídos", considerou.

O presidente da Câmara de Beja tem ainda a "expectativa" de que as testagens continuem e que os diagnósticos positivos sejam "cada vez menos" no concelho.

"Independentemente da situação em que Beja está, em situação de alerta, em que de amanhã (sábado) a uma semana poderá eventualmente regredir da quarta fase para a terceira, as autoridades de saúde devem continuar sempre a testagem, essa é também uma condição para preservar a saúde pública na área de cada um dos territórios", acrescentou.

Oito concelhos dos 278 existentes em Portugal continental não avançam para a quarta e última fase do atual plano de desconfinamento, a partir de sábado, no âmbito da situação de calamidade devido à pandemia.

Entre os oito concelhos impedidos de prosseguir para a quarta fase estão Miranda do Douro, Paredes e Valongo, que se mantêm no nível em que se encontram, e Aljezur, Resende, Carregal do Sal e Portimão, que recuaram para diferentes etapas, mas que ficam também retidos, ainda que possa ser "por muito pouco tempo", porque o Governo decidiu passar a fazer uma avaliação semanal.

O concelho alentejano de Odemira também integra o grupo de municípios que não avançam para a última fase do desconfinamento, tendo o executivo decretado uma cerca sanitária às freguesias de São Teotónio e de Almograve, devido à elevada incidência de casos de covid-19, sobretudo em trabalhadores do setor agrícola.

No entanto, às restantes freguesias deste concelho do distrito de Beja aplicam-se as regras previstas na quarta fase do plano de desconfinamento, a aplicar a partir de sábado.

Em Portugal, morreram 16.974 pessoas dos 836.033 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.152.646 mortos no mundo, resultantes de mais de 149,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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