"Ontem [quinta-feira], na reunião da Proteção Civil Municipal, fomos informados de que o concelho teve 140 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, sendo que há uma semana estava com 185", relatou o autarca.
O primeiro-ministro António Costa anunciou na quinta-feira haver oito concelhos em Portugal continental, entre eles Valongo, que não avançaram para a quarta fase do plano de desconfinamento por terem mais de 120 casos por 100 mil habitantes em 14 dias.
"Não critico o modelo aplicado; é melhor termos um modelo de combate à pandemia do que não ter nenhum, e esse modelo diz que, com estes dados, não vamos avançar", disse o autarca socialista.
A evolução dos números no último mês em Valongo deixa, contudo, José Manuel Ribeiro esperançado na nova avaliação prevista para acontecer dentro de uma semana.
"Estou esperançado que, (...) com a novidade dada ontem [quinta-feira]} pelo primeiro-ministro sobre as avaliações passarem a ser semanais, a continuar assim, e apelo à população para que continuem a cumprir as regras do uso da máscara, da desinfeção das mãos e do afastamento físico, (...) na próxima semana possamos estar abaixo dos 120 casos e seguir em frente, entrando na última fase do desconfinamento", sublinhou.
O autarca lembrou que "ocorreram dois surtos fortes" no concelho e que, quando assim é, "é normal que demore tempo a recuperar".
Para além de Valongo, entre os concelhos impedidos de prosseguir para a quarta fase estão Miranda do Douro, no distrito de Bragança, e Paredes, no distrito do Porto, depois de terem integrado há 15 dias o grupo de 13 municípios que ficaram em alerta, por terem mais de 120 casos por 100 mil habitantes em 14 dias.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.168.333 mortos no mundo, resultantes de mais de 150,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.974 pessoas dos 836.493 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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