"A língua portuguesa é, de facto, a pátria da Lusofonia"

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, assinalou hoje o Dia Mundial da Língua Portuguesa, defendendo a preservação de um idioma "cuja universalidade é, histórica e culturalmente, indiscutível".

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Lusa
05/05/2021 14:12 ‧ 05/05/2021 por Lusa

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Língua Portuguesa

 

Numa mensagem publicada na página do presidente no site da Assembleia da República, e também no 'Boletim Noesis', da Direção-Geral de Educação, Eduardo Ferro Rodrigues lembra a proclamação da data, por aclamação, em 25 de novembro de 2019, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), "sob proposta dos países lusófonos, apoiada por mais 24 Estados". 

Pela primeira vez, escreve na mensagem, a UNESCO "celebrou uma língua não oficial, e fê-lo recordando o papel e a contribuição da língua portuguesa para a preservação e disseminação da civilização e da cultura humanas". 

"Foi com enorme satisfação que tomei conhecimento desta proclamação, que me levou, enquanto Presidente da Assembleia da República, a apresentar um voto de congratulação, que foi aprovado, por unanimidade, na reunião plenária de 29 de novembro de 2019. Deste modo, ao ser convidado pela Direção-Geral da Educação para me associar à comemoração desta efeméride, não podia deixar de aceitar", lê-se na mensagem. 

Eduardo Ferro Rodrigues aponta que "a proclamação pela UNESCO foi o culminar de um longo processo, e uma grande vitória da diplomacia lusófona, que contou também com o contributo do parlamento português". 

O presidente lembra que, com a "resolução n.º 69/2014, aprovada, por unanimidade, em 20 de junho, a Assembleia da República veio a instituir o dia 5 de maio como o Dia Internacional da Língua Portuguesa -- anteriormente estabelecido pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a 20 de julho de 2009, na XIV Reunião Ordinária do Conselho de Ministros desta organização, na cidade da Praia, em Cabo Verde, como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP". 

"Tratou-se da confirmação formal de uma língua cuja universalidade é, histórica e culturalmente, indiscutível. Língua plural, património comum, que une, na sua diversidade, os povos irmãos da CPLP, o português está presente em todos os continentes", sublinha. 

Com mais de 270 milhões de falantes, destaca, o português "é a terceira língua europeia mais falada e a quarta a nível mundial (logo a seguir ao mandarim, ao espanhol e ao inglês), sendo a primeira em todo o hemisfério sul, o que atesta a sua difusão e importância como meio de comunicação". 

Para Ferro Rodrigues, "a pujança e a riqueza linguística do português, falado e escrito, no mundo lusófono" está "bem patente" em vários escritores, citando alguns dos que foram laureados com o prémio Camões, tais como, José Saramago, António Lobo Antunes, Arménio Vieira, Germano Almeida, Luandino Vieira ou José Eduardo Agualusa, entre outros.

"Para a afirmação internacional do português contribui igualmente o prestígio de que Portugal goza nos meios políticos e diplomáticos, a nível europeu e mundial, com várias personalidades nacionais a serem elevadas aos mais altos cargos de instituições internacionais", enaltece.

Ferro aponta ainda que a "consolidação de Portugal como destino seguro de turismo, mas também de negócios, infelizmente temporariamente afetado pela pandemia que se vive, é outra fonte de interesse no conhecimento do português", tal como o é "o número crescente de estudantes estrangeiros estudarem no Ensino Superior em Portugal"

"Ao terminar, sem querer cair num lugar-comum, resta-me reafirmar que a língua portuguesa é, de facto, a pátria da Lusofonia, mas é também a expressão viva da nossa cultura e a marca da nossa distinção no mundo. Importa, por isso, preservá-la e cultivá-la", conclui. 

As comemorações do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que se assinala hoje, decorrem em 44 países, com mais de 150 atividades, em formato misto, presencial e virtual, devido à pandemia de covid-19.

O português é falado por mais de 260 milhões de pessoas em cinco continentes e, segundo estimativas das Nações Unidas, esse número irá crescer para quase 400 milhões em 2050 e para mais de 500 milhões em 2100.

Leia Também: Comissão de revisão constitucional vai tomar posse em 13 de maio

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