Em comunicado enviado à agência Lusa, o CHUCB refere que o "programa intensivo de rastreio escolar no âmbito da escoliose do adolescente", da responsabilidade do Serviço de Medicina Física e Reabilitação daquela unidade hospitalar, vai abranger, numa primeira fase, mais de 700 alunos do concelho da Covilhã, tendo por referência a faixa etária dos 12 anos "por se tratar de uma idade em que o desenvolvimento músculo-esquelético do indivíduo sofre grandes alterações".
A doença, em fase grave ou avançada, caracteriza-se por "deformidades estéticas significativas, complicações cardiopulmonares, neuromusculares e dor", acrescenta a nota.
O programa, que tem início segunda-feira, será posteriormente alargado às escolas do Fundão e Belmonte, contando com a participação das Câmaras Municipais dos três concelhos da Cova da Beira.
"A extensão deste programa a todos os municípios da Cova da Beira visa alertar e sensibilizar professores, pais e comunidade em geral, da área de influência direta do CHUCB, para este verdadeiro problema de saúde pública, que, não sendo tratado atempadamente, pode deixar marcas irreversíveis e sem tratamento específico, na vida adulta", refere o comunicado.
Acrescenta que todas as situações sinalizadas durante as várias ações de rastreio -- realizadas por um médico fisiatra e técnicos de fisioterapia do CHUCB -- "serão referenciadas para consulta da especialidade no hospital ou acompanhamento do médico de família, conforme a gravidade de cada caso".
De entre os fatores de risco potenciadores da escoliose no adolescente conta-se o excesso de peso, défice de horas de sono, transporte inadequado do material escolar, ausência de atividade física, mobiliário desajustado às necessidades escolares e adoção de posturas incorretas durante as aulas, acrescenta a nota.
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