Berardo está "numa calma total, muito sereno". Noite será passada na PJ

Joe Berardo irá passar a noite nos calabouços da Polícia Judiciária em Lisboa mas, de acordo com o advogado, mantém a calma e a serenidade.

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Notícias ao Minuto com Lusa
29/06/2021 19:22 ‧ 29/06/2021 por Notícias ao Minuto com Lusa

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Joe Berardo

Joe Berardo, que foi detido esta terça-feira, está "numa calma total, muito sereno", assegurou, em declarações aos jornalistas, ao final da tarde, à saída das instalações da Polícia Judiciária de Lisboa, o advogado Paulo Saragoça da Matta.

O responsável pela defesa do empresário madeirense indicou não saber o que "está em causa na investigação. Houve diligências de busca e apreensão, houve uma detenção e só amanhã é que haverá tomada de declarações". 

Depois de atribuir mérito à Polícia Judiciária (PJ), nomeadamente pela "amabilidade e simpatia" dos inspetores, Paulo Saragoça da Matta criticou a forma como são feitas estas "investigações que duram cinco/seis anos e só depois é que alguém se lembra de haver uma detenção".

O causídico indicou ainda que Berardo foi detido em casa e acompanhou as buscas da Polícia Judiciária. 

Questionado sobre a falta de celeridade processual e a sua eventual relação com a falta de meios de que se queixa o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Saragoça da Matta replicou que "hoje há mais meios (de investigação) do que há 27 anos" quando se iniciou na advocacia.

Vale recordar que o empresário madeirense e o seu advogado André Luís Gomes foram hoje detidos no âmbito de uma operação que visou "um grupo económico" que terá lesado vários bancos. 

A Polícia Judiciária anunciou esta manhã que fez buscas em Lisboa, Funchal e Sesimbra numa operação que visa "um grupo económico" que terá lesado vários bancos, por suspeita de administração danosa, burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento.

A PJ indica em comunicado que se trata de um grupo "que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a Caixa Geral de Depósitos, no valor de cerca de 439 milhões de euros" e que terá causado "um prejuízo de quase mil milhões de euros" à Caixa, ao Novo Banco e ao BCP.

Leia Também: IL diz que Berardo fez parte de "esquema orquestrado"

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