Segundo informação do juiz Carlos Alexandre veiculada pelo Conselho Superior de Magistratura, os arguidos foram apresentados ao TCIC, na quarta-feira, às 16h00 e começaram a ser ouvidos às 17h15.
Berardo e o seu advogado estão indiciados por burla qualificada, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, falsidade informática, falsificação, abuso de confiança qualificada e descaminho ou destruição de objetos colocados sob o poder público.
O processo conta com 11 arguidos, dos quais seis são empresas e cinco individuais, mas só Joe Berardo e André Luís Gomes foram detidos.
O caso foi tornado público na terça-feira depois de uma operação em que foram feitas cerca de meia centena de buscas, 20 domiciliárias, 25 não domiciliárias, três a estabelecimentos bancários e uma a escritório de advogado.
A PJ esclareceu que se trata de um grupo "que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros" e que terá causado "um prejuízo de quase mil milhões de euros" à CGD, ao Novo Banco e ao BCP.
Na quarta-feira, à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), a defesa de Joe Berardo disse que o empresário está "sereno", mas não confirmou se este prestará declarações hoje no âmbito do processo em que é arguido.
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