A bombeira da Corporação de Voluntários de Vinhais, de 44 anos, que ficou gravemente ferida no acidente com uma viatura de combate aos incêndios que vitimou outros dois bombeiros, na quinta-feira, "está estabilizada", mas continua em "situação de risco. Ainda não chegou à fase da consciência", indicou, este domingo, o Presidente Marcelo.
O Presidente da República, que esteve hoje em Celorico de Basto para assinalar o Dia do Município, deslocou-se depois ao Hospital de Vila Real, onde a bombeira está internada, na Unidade de Cuidados Intensivos. Em declarações aos jornalistas à saída da unidade hospitalar, o chefe de Estado voltou a lamentar o acidente, que classificou como "uma situação estúpida", na medida em que aconteceu "numa fase anterior ao combate do incêndio".
Mas, infelizmente, acrescentou, estas situações "também acontecem na vida e em particular na dos bombeiros". Às vezes, "quando se vai para um combate a um incêndio, há um acidente de viação, que parece inofensivo, mas que, neste caso, pela dimensão da queda e por ter capotado, teve efeitos muito superiores ao que seria normal num acidente desses. Já sabemos que houve duas perdas dramáticas e agora esta situação de luta pela vida".
À semelhança do que frisou ontem, durante o funeral dos dois bombeiros que morreram no acidente, Marcelo Rebelo de Sousa voltou este domingo a enaltecer o "mérito" e a "coragem" dos bombeiros, motivos pelos quais lhes devemos "uma gratidão ilimitada. Quando se comprometem a lutar pela vida dos outros dando a própria vida, não é uma maneira de falar, isso pode acontecer".
Neuza Guedes, de 36 anos, e Carlos Morais, de 22, são as vítimas mortais deste acidente que ocorreu na freguesia de Travanca, onde tinha deflagrado um incêndio rural. O despiste, que aconteceu quando a viatura se dirigia para o teatro de operações para combater as chamas, deixou ainda três outros bombeiros feridos - a bombeira que permanece na UCI de Vila Real e dois colegas que foram considerados feridos ligeiros.
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