Numa nota à comunicação social, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) confirma o óbito de Jorge Sampaio no Hospital de Santa Cruz, às 08h35 de hoje, "após internamento crítico" e expressa as suas condolências e pêsames à família e aos amigos do antigo presidente que, sublinha o conselho de administração, "soube granjear um enorme respeito e admiração de todos os que tiveram o privilégio de acompanhá-lo nas várias etapas da sua vida".
Jorge Sampaio, que morreu aos 81 anos foi, antes do 25 de Abril de 1974, um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.
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