O secretário de Estado e Ajunto da Saúde reconheceu, esta quarta-feira, que "houve, pontualmente, algumas situações em que os utentes se dirigiram aos locais [centros de vacinação] em que já estavam a ser desmobilizados os meios", explicando que tal aconteceu porque estão a ser feitas atualizações no sistema. A essas pessoas "foi-lhes indicado que se dirigissem a outros centros de vacinação", disse Lacerda Sales, em declarações aos jornalistas.
O governante indicou que estão a ser "corrigidas as situações pontuais que ocorreram esta semana", sublinhando acreditar que o problema relativo à informação dos centros de vacinação ainda abertos esteja totalmente resolvido entre o final desta semana, início da próxima.
Interrogado sobre a taxa de vacinação no Algarve, a região com a mais baixa cobertura vacinal de todo o país, o secretário de Estado lembrou que esta é a região com maior número de residentes, mas com as pessoas fora do país. "Muitas das vezes, quando vamos tentar encontrar essas pessoas através da residência, essas pessoas não estão no país", afirmou, apontando este como o principal fator para o atraso da vacinação no Algarve.
Apesar disso, Lacerda Sales mostrou-se confiante na recuperação desse "ligeiro" atraso. "Claramente, vamos recuperar", vincou.
Com que medidas? "Nesta fase, as medidas são fazermos tudo aquilo que podemos para encontrarmos as pessoas (...) Estamos à procura das pessoas, casa à casa, porta à porta. É evidente que se as pessoas não tiverem no país, não as podemos ir buscar a outros países, porque provavelmente já solucionaram o problema. Mas estamos a fazer esse esforço [de encontrar as pessoas por vacinar]".
Quanto ao atraso da norma sobre a dose de reforço, Lacerda Sales disse que as autoridades estão a "afinar" o mecanismo, explicando que há "sempre ajustes técnicos a fazer". "O que é importante perceber é que a EMA diz que a dose de reforço é benéfica, eficaz e segura". Nesse sentido, o secretário de Estado apelou à faixa elegível (acima de 65 anos) que adira a esta terceira dose porque há "efetivamente segurança e efetividade".
"É evidente que há sempre alguns ajustes técnicos a ser feitos, e é isso que a DGS está a fazer" de modo a ter "uma norma bem ponderada e consolidada", esclareceu ainda, dando conta que a inoculação da dose de reforço será feita num modo misto: em centros de saúde, mas também em centros de vacinação. "Vamos manter cerca de 339 pontos de vacinação ao longo do país", adiantou.
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