Câmara de Idanha-a-Nova está contra exploração de lítio no concelho

O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova manifestou hoje a sua oposição à exploração de lítio neste concelho do distrito de Castelo Branco e considerou que a exploração mineira deve ficar excluída em territórios protegidos.

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Lusa
03/12/2021 10:20 ‧ 03/12/2021 por Lusa

País

Idanha-a-Nova

"A área que se pretende concessionar sobrepõe-se, na sua totalidade, ao Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO e à Reserva da Biosfera Tejo/Tajo Internacional, que fazem parte do Sistema Nacional de Áreas Classificadas, por reconhecimento internacional (UNESCO)", refere, em comunicado, o município de Idanha-a-Nova.

Na sequência do procedimento concursal para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de lítio, o autarca socialista Armindo Jacinto reiterou a sua "oposição" à exploração de lítio no concelho de Idanha-a-Nova.

A consulta pública do relatório de avaliação ambiental preliminar do Programa de Prospeção e Pesquisa de Lítio das oito potenciais áreas para lançamento de procedimento concursal começou em setembro.

Inicialmente, terminava em 10 de novembro, mas, na sequência da contestação de autarquias, partidos políticos e movimentos cívicos, o prazo foi alargado para dia 10.

"A exploração mineira é sempre uma atividade de elevado risco ambiental e deverá ficar excluída em territórios protegidos e classificados", sustentou.

O autarca sublinhou que vai propor que o município "delibere opor-se firmemente, por todos os meios legais e institucionais ao seu alcance", à prospeção e exploração de lítio.

Esta tomada de posição tem como objetivo a preservação do "vasto e valioso património" do concelho de Idanha-a-Nova.

Prometeu ainda manter-se, "de forma incondicional, ao lado da população, nesta luta".

A posição de Armindo Jacinto é pública desde 2019, sendo que, desde essa data, o autarca tem mantido conversações com o Governo sobre o assunto.

"A totalidade do concelho de Idanha-a-Nova pertence ainda à Rede Internacional de Eco-Regiões (INNER -- International Network of Eco Regions), que assume um conjunto de compromissos no âmbito da sustentabilidade ambiental", lê-se na nota.

O presidente do município de Idanha-a-Nova disse entender que no documento em discussão não foi assegurada a salvaguarda dos valores naturais, patrimoniais e sociais.

Leia Também: Oliveiras milenares de Idanha-a-Velha na origem de projeto de oleoturismo

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