Vacinar as crianças? "É muito pouco o que nos está a ser dito"
O presidente da Iniciativa Liberal (IL) considera que tem de "haver um acesso generalizado e oficial a informações corretas" da DGS e do seu grupo de peritos, para que os pais façam escolhas informadas quanto à vacinação dos filhos.
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Política Covid-19
João Cotrim Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal (IL), reiterou hoje em declarações à SIC Notícias que o partido vai exigir à Direção-Geral da Saúde (DGS) a divulgação dos pareceres científicos sobre a vacinação de crianças entre os 5 e 11 anos contra a Covid-19, considerando que "é muito pouco o que nos está a ser dito".
"Vamos requerer diretamente à DGS a publicação desses relatórios e pareceres, e iremos insistir no caso de a DGS não os divulgar atempadamente, para ter a certeza que todos os pais que livremente optem por vacinar os seus filhos o façam na posse de toda a informação", disse o responsável, considerando necessário o "acesso generalizado e oficial a informações corretas" tanto da DGS, como dos peritos consultados na tomada desta decisão.
"Ou estamos a fazer isto para proteção das crianças, ou para proteção da comunidade", atirou, acrescentado que "se é para proteger as crianças, acho que é muito pouco o que nos está a ser dito".
O presidente do partido liberal salientou, ainda, as afirmações do primeiro-ministro, António Costa, que disse não ter dúvidas de que vacinaria filhos menores de 11 anos, com base nas informações que dispõe.
"A verdade é que os portugueses não têm essa informação e, portanto, acho que é absolutamente extraordinário que nesta fase se considere que a vacinação de menores dos 5 aos 11 anos é um assunto de importância idêntica a outras orientações que no passado a DGS emitiu – não é", sustenta.
Recorde-se que a DGS recomendou, na terça-feira, a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos, com prioridade para as que têm doenças consideradas de risco para Covid-19 grave.
Esta recomendação surge na sequência da posição da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC), que, com base nos dados disponíveis, considerou que a avaliação risco-benefício, numa perspetiva individual e de saúde pública, é favorável à vacinação das crianças desta faixa etária.
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