Catarina não se vacinou. Após coma, conta a sua luta contra a Covid-19
No Facebook, contou a sua "experiência de quase morte". Agora, relata a experiência e a esperança de, aos poucos, recuperar a sua vida de volta.
© Reprodução Facebook / Catarina Costa
País Covid-19
Catarina Costa, de 38 anos, foi internada nos Cuidados Intensivos do Hospital da Guarda sem estar vacinada contra a Covid-19, tendo ficado 12 dias em coma induzido. A experiência mudou a vida desta mulher que, agora, passou a recomendar a inoculação e a contar como tudo tem acontecido nas redes sociais.
Foi esta segunda-feira que Catarina regressou a casa, quase um mês depois de internamento. Em declarações à SIC, a jovem diz que quando colocou "na balança alguns efeitos secundários da vacina e a minha vida, a balança sempre pendeu para que eu não fosse vacinada, sentindo sempre uma segurança no facto de que, mesmo que apanhasse a doença, teria sintomas ligeiros".
Agora, depois de ter estado numa cama de hospital a lutar pela vida, Catarina considerou que devia fazer um alerta a quem pensava como ela. "Pensei: tenho de pelo menos contar que também eu estava segura em não tomar a vacina e aconteceu-me isto". "Das cinco pessoas que estavam nos Cuidados Intensivos, nenhum tinha a vacina", partilhou ainda.
Respeitando "do fundo do coração" quem não se inoculou contra a Covid-19, a mulher acrescentou, ao canal, que estão a "tomar a decisão conscientes do que me aconteceu a mim".
No Facebook, contou a sua "experiência de quase morte". O dia 11 de dezembro apelida-o de dia em que "renasci". "Neste momento dou conta que a Catarina não existe mais. Perdi muito músculo e o corpo não me pertence! Vou ter que conquistar tudo de novo", relatou num dos posts.
No dia da alta, Catarina Costa publicou uma imagem na rede social para marcar o feito, "26 dias de internamento no total." "Também comer de garfo e faca é um desafio. Mas a cada refeição imagino que é fisioterapia para mim. Tudo é fisioterapia neste momento."
Outro dos relatos que partilhou foi o do seu primeiro dia em casa. "Todo este processo está a ensinar-me a olhar para mim com mais carinho, com respeito. Ensina-me a aceitar-me como sou e como estou a cada momento. E a lutar sem desistir, para voltar a ter a independência que tinha", frisou, acrescentando que, "aos poucos, "dou conta como a minha tia e o meu irmão emagreceram".
"Como devem ter sido os dias de angústia enquanto eu lutava pela minha nos cuidados intensivos. Os nervos que apanharam. Como também eles estão frágeis. A minha estadia em casa da minha mãe vai possibilitar aos três nos curarmos", concluiu.
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