Lancha Bojador encalhou devido a "falha humana", concluiu GNR

Megalancha da GNR encalhou na praia de Carcavelos no passado dia 1 de setembro. Autoridade informa que dois militares foram alvo de processos disciplinares, considerando-se serem "direta ou indiretamente responsáveis pela não adoção dos necessários procedimentos de segurança".

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© Facebook / GNR

Melissa Lopes
28/12/2021 18:27 ‧ 28/12/2021 por Melissa Lopes

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A Bojador, a maior lancha de patrulhamento costeiro da Guarda Nacional Republicana (GNR), encalhou na praia de Carcavelos no passado dia 1 de setembro, tendo sido aberto um inquérito para apurar as circunstâncias e responsabilidades no incidente. 

Volvidos quase quatro meses, a GNR informa esta terça-feira, dia 28 de dezembro, que o inquérito concluiu que o incidente ocorreu devido "a falha humana".

Assim, "foi revogada a medida provisória de suspensão da execução de funções de navegação aplicada ao Comandante e à guarnição de serviço no momento do incidente", faz saber a GNR, num esclarecimento enviado esta terça-feira às redações.

Paralelamente, foi "convertido o referido processo em dois processos disciplinares, visando os dois militares que se considerou serem, direta ou indiretamente, responsáveis pela não adoção dos necessários procedimentos de segurança, face à visibilidade e condições meteorológicas que se verificavam naquela data à saída da barra do Porto de Lisboa", pode ler-se. 

Quanto aos danos causados, a autoridade refere que da auditoria técnica constatou-se "a necessidade de reparar as hélices de bombordo e estibordo, a substituição da hélice central e a reparação de pequenos danos no casco e de estabilizadores", o que implicou valores na ordem dos 145.681,00 euros, a que acrescem serviços associados como de reboques e utilização do estaleiro, perfazendo um total de 215.320,00 euros. 

Recorde-se que no decurso do processo de inquérito instaurado, tinha sido determinada a suspensão da execução de funções de navegação ao Comandante da LPC e aos elementos da guarnição que se encontravam de serviço de quarto no momento do incidente, uma medida provisória até se conhecerem as conclusões da investigação.

Na nota, a GNR detalha que o  processo de inquérito realizado permitiu a realização de diversas diligências, tendo sido recolhidos e analisados "todos os depoimentos, documentação e imagens consideradas necessárias para o esclarecimento dos factos em investigação". 

A autoridade salienta, ainda, que a lancha Bojador, adquirida no âmbito do Fundo para a Segurança Interna (custou 8,5 milhões), "materializa um reforço decisivo do papel da GNR com funções de guarda costeira, contribuindo determinantemente para a prossecução das atribuições e competências da Unidade de Controlo Costeiro (UCC), unidade especializada responsável pelo cumprimento da missão da Guarda em toda a extensão da costa e no mar territorial". 

Leia Também: Maior embarcação de sempre da GNR para patrulhamento custou 8,5 milhões

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