"Ainda é muito cedo para falarmos em números, mas são prejuízos muito elevados. Só em maquinaria e matéria-prima estaremos sempre a falar, no mínimo dos mínimos, em mais de dois milhões de euros, e isto sem ter em conta a estrutura e outros danos", apontou Rui Gomes, sócio da J.Gomes.
Apesar da difícil situação, Rui Gomes garante que a empresa irá fazer tudo o que estiver ao seu alcance para retomar a laboração, "assim que possível", e para manter os 30 postos de trabalho.
"Vamos fazer tudo para conseguirmos continuar, porque as nossas vidas estão aqui", acrescentou.
O empresário explicou ainda que o fogo, cujo alerta foi dado pouco depois das 23:00 de segunda-feira à noite, terá começado numa esfarrapadeira, tendo alastrado com muita rapidez.
Os três trabalhadores que se encontravam a cumprir o turno da noite ainda tentaram extinguir as chamas com recurso aos extintores, mas o fumo dificultou os esforços.
As chamas acabaram por consumir a maior parte da fábrica, tendo destruído totalmente duas das três naves. A outra parte e os escritórios ficaram parcialmente afetados.
Criada em 1974, esta empresa trabalha com fio reciclado, reaproveitando o desperdício deixado por outras empresas.
No combate ao fogo estiveram envolvidos 36 operacionais, auxiliados por 16 veículos.
O incêndio foi dado como controlado às 03:05, mantendo-se os trabalhos de consolidação e rescaldo.
Hoje, às 11:45, mantinham-se no local 28 operacionais e 13 veículos, segundo os dados publicados no segundo o 'site' na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
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