"A estratégia da Região Autónoma dos Açores passará obviamente, na parte da agricultura, mas que é transversal a todos, pela questão da formação. Será extremamente importante para nós darmos um salto qualitativo na região, transversal a todos os setores de atividade, a formação", declarou Jorge Rita aos jornalistas.
O dirigente falava após uma audiência com o presidente do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) no Palácio de Sant'Ana, em Ponta Delgada, onde foi discutida a elaboração do Programa Operacional Açores 2030.
Jorge Rita defendeu a aposta na "formação a longo prazo", que é "fundamental para o desenvolvimento" da agricultura regional.
"As pessoas mais bem formadas estarão sempre muito mais bem preparadas", disse.
O presidente da Federação Agrícola dos Açores enalteceu ainda a "manutenção" dos valores do Programa de Opções Específicas para o Afastamento e a Insularidade nas Regiões Ultraperiféricas (POSEI), que prevê uma verba anual de 88 milhões de euros para os Açores em 2022.
Além dos valores do POSEI, o próximo quadro comunitário de apoio deve contemplar entre 20 a 30 milhões para a agricultura, segundo revelou o dirigente.
Jorge Rita considerou que os valores definidos no "quadro comunitário de apoio poderão não ser suficientes para aquilo que são os objetivos" dos agricultores, mas salientou que vão existir "muitas verbas" no Plano de Recuperação e Resiliência que "podem ser aproveitadas pelo setor agrícola no seu todo", ao nível da "transição energética" e da "transição digital".
"Sabemos que as diretivas comunitárias e os objetivos são claros. Tem muito a ver com o verde, do prado ao prato, as questões biológicas e a sustentabilidade ambiental, mas é bom que se diga sempre que é preciso sustentabilidade ambiental, sustentabilidade económica e sustentabilidade social", realçou.
O presidente do Governo dos Açores está a receber durante o dia de hoje os parceiros sociais e os partidos políticos no âmbito do Programa Operacional Açores 2030.
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