O abate ilegal de cabras-montesas por parte de caçadores furtivos no no Parque Nacional da Peneda-Gerês seguiu para o Ministério Público, de acordo com comunicado do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O caso, inicialmente noticiado pelo Jornal de Notícias, dava conta de que as cabeças destes animais eram posteriormente vendidas como uma espécie de troféu, em Portugal e Espanha, por valores que podiam chegar aos cinco mil euros em território nacional e sete mil euros no país vizinho.
Em comunicado, o ICNF afirma só ter tido conhecimento formal "na manhã do dia 24 de janeiro de 2022, dando conta da existência de um macho de cabra-montesa morto na Freguesia de Pitões das Júnias, Concelho de Montalegre".
Explica o Instituto de Conservação que, nesse mesmo dia, foi mobilizada uma equipa de dois Vigilantes da Natureza ao local, juntamente com o denunciante, confirmando "a veracidade dos factos".
Nesse sentido "foram realizadas as diligências adequadas à situação, nomeadamente a peritagem e levantamento de indícios que resultaram num auto de notícia, que seguiu para o Ministério Público", explica o comunicado.
Após estes procedimentos, o ICNF, juntamente com o Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA), informou as forças policiais da situação e das diligências que foram efetuadas, bem como "os elementos recolhidos na ação de fiscalização".
Foi ainda reforçada a vigilância na área.
De referir que as cabras-montesas são uma espécie protegida em Portugal, pelo que é proibido o seu abate em território nacional
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