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Madeira sem resposta da embaixada da Rússia sobre situação de turistas

O Governo da Madeira assegurou hoje estar "determinado" em apoiar os mais de 200 turistas ucranianos e russos que ainda estão região, referindo que continua sem resposta por parte da embaixada da Rússia sobre esta situação.

Madeira sem resposta da embaixada da Rússia sobre situação de turistas
Notícias ao Minuto

14:36 - 28/02/22 por Lusa

País Turismo

"O Governo Regional, através da Secretaria Regional de Turismo e Cultura, continua empenhado em ajudar os turistas ucranianos e russos que permanecem na região", lê-se na informação divulgada na Madeira.

Na nota, o executivo adianta que "as situações estão a ser acompanhadas sempre em consonância com os operadores e respetivos DMC ("destination management company") na Madeira, assim como com a Direção Regional das Comunidades e Cooperação Externa e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)".

A invasão da Ucrânia pela Rússia e o encerramento dos espaços aéreos devido ao conflito apanhou de surpresa 189 turistas ucranianos e 220 russos que estavam de visita à Madeira.

Cerca de 80 ucranianos deixaram no sábado a região numa operação envolvendo uma ligação a um aeroporto da Lituânia. O voo que deveria transportar no domingo os 220 russos de volta a Moscovo não se concretizou.

Na sexta-feira, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, declarou que a região iria apoiar os turistas das duas nacionalidades e o executivo madeirense tem desenvolvido diligências em várias frentes nesse sentido.

Na nota hoje distribuída, o governo madeirense sublinha que, apesar de serem "situações diferentes, está atento às necessidades dos dois grupos de turistas".

Citado no documento, o secretário regional, Eduardo Jesus, adianta que "para qualquer uma das comunidades o processo passa pelo SEF" - "no caso dos ucranianos que queiram permanecer na Madeira, para os pedidos de proteção subsidiária, e, relativamente aos russos, para prorrogação dos vistos que são necessários para que possam viajar de regresso ao país de origem".

Eduardo Jesus refere que "muitos dos vistos requeridos para a viagem estão a chegar ao fim", mas acrescenta que " o SEF está preparado para prorrogar, para que possam ser utilizados na viagem de regresso".

Para uma solução de ligação de regresso, indica, "existem várias soluções em cima da mesa, sendo que uma delas está a ser analisada neste momento".

"Trata-se de uma operação que envolve a triangulação por outros países através dos quais a ligação à Rússia ainda pode ser feita e, dessa forma, criar a possibilidade do regresso destes cerca de 200 turistas", é também indicado na nota.

O Governo Regional perspetiva "ter alguma informação mais concreta sobre esta situação", mas salienta que, "para já, continua a não haver resposta da Embaixada da Rússia em Lisboa".

"Neste momento, os cidadãos ucranianos e os cidadãos russos estão protegidos na Madeira pelo Governo Regional, que contratou alojamento para os dois grupos", garante o responsável, destacando que estão neste regime "70 turistas ucranianos e 188 russos".

Eduardo Jesus argumenta que "a situação deve evoluir numa lógica de apoio social" através dos mecanismos acionados para esse efeito, o que representou o envolvimento da Segurança Social, através da Secretaria Regional de Inclusão Social e Cidadania no processo, para permitir "a continuidade da proteção destas pessoas" e para que "se faça a melhor coordenação de todos os interveniente".

Segundo a tutela, "o Governo Regional está devidamente coordenado e mantém uma equipa na qual participam pessoas das várias 'frentes de ataque'". Por isso, "o que for possível concretizar hoje vai ditar o tipo de decisão a tomar nos próximos dias".

"O objetivo do Governo Regional continua a ser o de conseguir, o mais rapidamente possível, soluções para estes cidadãos, não só para aqueles que necessitam de ser acolhidos localmente, como também para aqueles que pretendem regressar às suas casas", sublinha.

Eduardo Jesus conclui que "a forte dependência de terceiros, nomeadamente ao nível dos transportes internacionais, e as limitações colocadas pelas restrições existentes", criam neste caso um "palco de atuação muito exigente".

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