A Embaixada da Rússia em Portugal recorreu, na noite de quarta-feira, às redes sociais para se manifestar sobre o atual conflito que o país mantém no país vizinho, a Ucrânia.
"A Rússia continua a exercer uma operação militar especial com o objetivo de desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia", refere a embaixada, num comunicado publicado na página no Facebook. Acrescenta, ainda, que o exército russo "não ocupa o território ucraniano e toma todas as medidas necessárias para preservar vidas e segurança dos civis".
A instituição indica, também, aos portugueses e russos em Portugal que as "instalações militares são alvos exclusivos de ataques realizados com armas de alta precisão" - uma afirmação que é feita no mesmo dia em que um hospital e uma maternidade foram alvo de ataques concertados e destruidores.
Sublinhe-se que a Organização Mundial de Saúde (OMS) disse na quarta-feira à noite que confirmou 18 ataques a instalações médicas desde que a invasão russa começou há duas semanas.
A embaixada sustenta que a Rússia é alvo de uma máquina de "propaganda ocidental de estilo Goebbels", com "ondas de mentiras e notícias falsas sem precedentes" e "factos distorcidos e fabricados que visam desacreditar a ação da Rússia".
"A verdade é completamente diferente", defende o comunicado, indicando que os crimes contra humanidade violações do direito internacional "têm sido cometidos pelas Forças Armadas da Ucrânia e grupos neonazistas".
Acusa a Ucrânia de estar a "a instalar lançadores múltiplos de mísseis e artilharia nas cortes de edifícios residenciais, hospitais, escolas e creches" algo que é, no entender da embaixada, uma forma do exército utilizar infraestruturas civis e população como "escudos humanos".
Diz ainda que as "autoridades ucranianas e os seus patrões ocidentais têm cometido provocações desumanas para colocar culpa na Federação da Rússia" e que o regime de Kyiv é "responsável por destruição e vítimas inocentes".O exército russo não está a combater contra a Ucrânia, nem contra ucranianos
A instituição sublinha que o exército russo "não está a combater contra a Ucrânia, nem contra ucranianos" e que o objetivo desta operação é "eliminar o nazismo na Ucrânia e de a desmilitarizar", algo que do ponto de vista da embaixada "será alcançado". Recorda, também, que a Ucrânia é responsável "pelo genocídio de 14 mil pessoas durante a guerra travada de 2014", que "Kyiv começou contra o próprio povo e que estava a ser observada e encorajada pelo Ocidente".
A Rússia não começa guerras – a Rússia acaba-as
"A Rússia não começa guerras – a Rússia acaba-as", defendem. Alegam que "2 milhões de ucranianos que solicitaram, até ao presente momento, a sua evacuação para a Rússia" e que nos últimos dias a embaixada tem recebido "muitas queixas da comunidade russa residente em Portugal sobre a sua perseguição e discriminação, por simplesmente serem russos".
A embaixada esclarece que estão a trabalhar com as autoridades portuguesas sobre estas causalidades e que "os culpados desses atos de intimidação e agressão em relação aos russos serão responsabilizados de acordo com a legislação portuguesa em vigor".
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