Embaixada da Rússia em Portugal: "A Rússia não começa guerras – acaba-as"

"A Rússia não começa guerras – a Rússia acaba-as", diz em comunicado a Embaixada da Rússia, que refere, ainda, que as "instalações militares são alvos exclusivos de ataques realizados com armas de alta precisão", no mesmo dia em que uma maternidade foi completamente destruída.

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Beatriz Cavaca
10/03/2022 08:28 ‧ 10/03/2022 por Beatriz Cavaca

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Rússia

A Embaixada da Rússia em Portugal recorreu, na noite de quarta-feira, às redes sociais para se manifestar sobre o atual conflito que o país mantém no país vizinho, a Ucrânia. 

"A Rússia continua a exercer uma operação militar especial com o objetivo de desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia", refere a embaixada, num comunicado publicado na página no Facebook. Acrescenta, ainda, que o exército russo "não ocupa o território ucraniano e toma todas as medidas necessárias para preservar vidas e segurança dos civis". 

A instituição indica, também, aos portugueses e russos em Portugal que as "instalações militares são alvos exclusivos de ataques realizados com armas de alta precisão" - uma afirmação que é feita no mesmo dia em que um hospital e uma maternidade foram alvo de ataques concertados e destruidores.

Sublinhe-se que a Organização Mundial de Saúde (OMS) disse na quarta-feira à noite que confirmou 18 ataques a instalações médicas desde que a invasão russa começou há duas semanas.

A embaixada sustenta que a Rússia é alvo de uma máquina de "propaganda ocidental de estilo Goebbels", com "ondas de mentiras e notícias falsas sem precedentes" e "factos distorcidos e fabricados que visam desacreditar a ação da Rússia".

"A verdade é completamente diferente", defende o comunicado, indicando que os crimes contra humanidade violações do direito internacional "têm sido cometidos pelas Forças Armadas da Ucrânia e grupos neonazistas".

Acusa a Ucrânia de estar a "a instalar lançadores múltiplos de mísseis e artilharia nas cortes de edifícios residenciais, hospitais, escolas e creches" algo que é, no entender da embaixada, uma forma do exército utilizar infraestruturas civis e população como "escudos humanos".

Diz ainda que as "autoridades ucranianas e os seus patrões ocidentais  têm cometido provocações desumanas para colocar culpa na Federação da Rússia" e que o regime de Kyiv é "responsável por destruição e vítimas inocentes".O exército russo não está a combater contra a Ucrânia, nem contra ucranianos

A instituição sublinha que o exército russo "não está a combater contra a Ucrânia, nem contra ucranianos" e que o objetivo desta operação é "eliminar o nazismo na Ucrânia e de a desmilitarizar", algo que do ponto de vista da embaixada "será alcançado". Recorda, também, que a Ucrânia é responsável "pelo genocídio de 14 mil pessoas durante a guerra travada de 2014", que "Kyiv começou contra o próprio povo e que estava a ser observada e encorajada pelo Ocidente".

A Rússia não começa guerras – a Rússia acaba-as

"A Rússia não começa guerras – a Rússia acaba-as", defendem. Alegam que "2 milhões de ucranianos que solicitaram, até ao presente momento, a sua evacuação para a Rússia" e que nos últimos dias a embaixada tem recebido "muitas queixas da comunidade russa residente em Portugal sobre a sua perseguição e discriminação, por simplesmente serem russos".

A embaixada esclarece que estão a trabalhar com as autoridades portuguesas sobre estas causalidades e que "os culpados desses atos de intimidação e agressão em relação aos russos serão responsabilizados de acordo com a legislação portuguesa em vigor".

Leia Também: OMS. Ataque a maternidade ucraniana aconteceu durante trabalhos de parto

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