Jorge Carvalho salientou que os habituais critérios são colocados em causa "a partir do momento" em que passa a ser necessário "juntar na mesma sala de aula alunos de anos diferentes".
O secretário regional de Educação, Ciência e Tecnologia falava numa reunião da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa da Madeira, na qual foi ouvido sobre "o processo de fusão e encerramento de escolas em diversos concelhos da região", a pedido do grupo parlamentar do PS.
"Na última década, a Madeira perdeu quase 5.000 alunos no 1.º ciclo", afirmou Jorge Carvalho.
Intervindo na sessão, o deputado do PS Rui Caetano começou por referir que o partido não é contra o encerramento de escolas, "desde que os critérios sejam claros", e explicou que pediu esta audição considerando que tem existido "falta de diálogo" sobre estas matérias.
Segundo o parlamentar do PS, o maior partido da oposição no parlamento madeirense, têm-se verificado "decisões já tomadas", sem o conhecimento das famílias e das autarquias, situação que criticou.
Em resposta, o secretário regional da Educação afirmou que está neste momento a decorrer "a auscultação das estruturas internas da secretaria para encontrar as melhores soluções", sendo que, depois, "a seu tempo, serão ouvidas as autoridades locais" sobre a fusão dos estabelecimentos de ensino.
Apesar do processo de fusão de escolas na região ter tido início em 2016, Jorge Carvalho realçou que "este é o primeiro ano em que o processo foi iniciado com uma antecedência significativa".
"Há decisões que são complexas e que têm de ser tomadas em primeira instância pelas estruturas da secretaria. Só depois vamos dar seguimento ao processo para que haja a devida participação", reforçou.
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