No total, os colégios acolheram desde o início da invasão russa 132 alunos que estão distribuídos por 35 estabelecimentos de ensino, que frequentam gratuitamente.
Em comunicado, a AEEPC precisa que estão no pré-escolar 32 crianças, 43 no 1.º ciclo, 24 no 2.º ciclo e 33 no 3.º ciclo e ensino secundário.
"Os colégios, de norte a sul do país, fizeram-se presentes e integraram estas crianças e jovens para que um seu direito fundamental -- o direito à educação -- pudesse continuar a ser assegurado", sublinha o presidente da associação.
Citado em comunicado, Luís Virtuoso sublinha ainda que os colégios "desempenham funções que são um verdadeiro e efetivo serviço público".
Além dos 132 alunos, cinco escolas contrataram nove não docentes que também chegaram da Ucrânia nas últimas semanas.
Entre o ensino público e privado, as escolas portuguesas já receberam 1.860 alunos ucranianos, informou hoje o ministro da Educação, João Costa.
De acordo com o responsável, algumas das crianças continuam a acompanhar o currículo em ucraniano, através de uma disponibilização de serviços de educação à distância feito pelo governo ucraniano, e outras são integradas no currículo português.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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