Madeira. SEF com 417 pedidos de proteção temporária devido à guerra
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) da Madeira já registou 417 pedidos de proteção temporária por parte de cidadãos ucranianos, dos quais 79 estão alojados em casas de famílias voluntárias, indicou a secretaria regional da Cidadania e Inclusão Social.
© Lusa
País Ucrânia
Numa nota de balanço da operação "SOS Ucrânia", o Governo Regional (PSD/CDS-PP) revela que dos 417 registos efetuados no SEF, 194 são mulheres, 86 homens e 137 crianças.
A secretaria regional tutelada por Rita Andrade refere que já atendeu no balcão 30 da Loja do Cidadão 386 pessoas, salientando que há 95 crianças que pretendem ser integradas em escolas, 79 pessoas encaminhadas para os serviços de saúde, "pois tomam medicação ou têm doenças crónicas", e 181 cidadãos pretendem trabalhar.
O executivo adianta que 69 famílias madeirenses manifestaram disponibilidade, desde março, para receber cidadãos ucranianos nas suas casas, a maioria das quais no concelho do Funchal (32).
Destas, 29 habitações estão ocupadas à data, com 33 famílias ucranianas alojadas, num total de 79 pessoas.
A secretaria regional da Inclusão Social acrescenta que duas famílias (quatro pessoas) permanecem no Centro de Juventude do Pico dos Barcelos.
No que toca ao apoio à alimentação, "58 famílias, num total de 137 pessoas, já receberam apoio através do Instituto de Segurança Social da Madeira".
Relativamente ao emprego, 118 empresas manifestaram interesse em empregar ucranianos, o que corresponde a 200 ofertas de emprego, das quais 139 estão ativas.
Foram ainda registadas, até à data, 43 inscrições para emprego de cidadãos ucranianos, formalizadas no Instituto de Emprego, e 33 apresentações a ofertas de emprego.
De acordo com o governo insular, há 92 cidadãos ucranianos a frequentar aulas de português, numa iniciativa promovida pela Associação de Casas do Povo da Madeira, e arrancou na segunda-feira "mais uma formação 'online' gratuita de português, ministrada pela Escola Dr. Eduardo Brazão de Castro, com 24 formandos inscritos".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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