Um guarda prisional foi agredido por um recluso no sábado, dia 7 de maio, à tarde no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco. Segundo apurou o Notícias ao Minuto junto de fonte do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, a agressão ocorreu durante a abertura de celas, depois de almoço.
"O guarda estava sozinho a abrir as celas, porque devido à falta de efetivos as celas são abertas por um só guarda", começa por explicar fonte do sindicato indicando que este trabalho deveria ser efetuado "por dois guardas", segundo o regulamento.
Na sequência da agressão, o guarda, com cerca de 50 anos, teve de receber assistência médica no Hospital de Castelo Branco, onde lhe foi diagnosticada a perfuração do tímpano, resultado da agressão.
O recluso, com cerca de 30 anos, alega "que estava descompensado" e o guarda diz ter sentido "só a pancada", mas não saber com o que foi agredido.
Refira-se que a necessidade de guardas prisionais se mantêm nas cadeias portuguesas tendo Rómulo Mateus, diretor-geral da Reinserção e Serviços Prisionais, alertado, na sexta-feira, dia 6 de maio, que até 2027 um terço dos guardas prisionais deve reformar-se.
O responsável dizia então, na cerimónia de encerramento do curso de formação inicial da carreira de guarda prisional de 2021, que desde 2018 entraram 548 novos guardas prisionais, um esforço necessário mas que tem de ser contínuo devido à elevada idade da classe.
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