O Ministério Público condenou a três anos de pena suspensa um homem que tentou, várias vezes, ser contratado por entidades públicas e que, para isso, praticou dois crimes de falsidade informática e um crime de burla informática qualificada na forma tentada.
"Em três ocasiões distintas, o arguido pôs em prática um plano com vista a conseguir a sua contratação laboral em empresas públicas e privadas e numa autarquia local", lê-se em comunicado emitido, esta quinta-feira, pela Procuradoria-Geral Distrital do Porto.
Em cada uma das três ocasiões, ocorridas entre março de 2017 e julho de 2018, o homem redigiu um currículo com dados falsos "relativamente às suas habilitações académicas e experiência profissional". Na tentativa de conseguir os empregos, criou ainda endereços de correio eletrónico "como se do senhor Ministro da Economia se tratasse"
"Em seguida, fazendo-se passar por esse governante, contactou telefonicamente cada uma das entidades para as quais pretendia passar a trabalhar, logrando falar com os seus mais altos decisores", explicam os responsáveis na nota, acrescentando que era durante esses contactos telefónicos que o homem apresentava o candidato - ele como sendo um familiar do Primeiro-ministro, António Costa.
Durante as tentativas acabou por "não comparecer" junto da empresa privada para assinar o contrato e assinar funções e, relativamente às entidades públicas, não obteve qualquer resposta. Nesta última situação, foi denunciado pelo presidente da respetiva câmara municipal.
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