O Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Procuradoria da República de Braga acusou dois arguidos de burla, roubo e furto qualificado e um terceiro de apropriação de dinheiro e objetos de ouro.
De acordo com um despacho de dia 28 de junho, os dois primeiros suspeitos percorreram de carro Esposende, Barcelos, Touguinhó, Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira, Póvoa de Varzim e Arcos de Valdevez, entre 28 de setembro e 21 de dezembro de 2021, fazendo-se passar por trabalhadores da Segurança Social, do Centro de Saúde ou de IPSS's locais.
Os alvos eram idosos "de condição social modesta, desacompanhados e muitas vezes fragilizados por doença" e o objetivo era roubar ouro que estes tivessem.
Para convencer as vítimas, diziam que estavam ali para "indagarem elementos necessários para a satisfação de necessidades sociais ou de saúde desses idosos", indica o Ministério Público na página da Procuradoria-Geral Distrital do Porto.
Na sequência da conversa, questionavam por ouro e dinheiro, apurando os locais onde os idosos guardavam tais bens, apurando-se depois dos mesmos "levando-os a entregar-lhos ao engano ou tirando-lhos à força ou subtraíndo-lhos sem que os mesmos dessem conta".
O ouro furtado era depois canalizado para uma loja que se dedicava à compra e venda de ouro usado, localizado na Póvoa de Varzim. Estes dois suspeitos, um dos quais também acusado de posse de arma proibida, conseguiram subtrair pelo menos 9.620 euros.
O terceiro arguido do processo adquiriu os bens roubados, a troco de quantias em dinheiro, mesmo sabendo que eram roubados.
Os dois primeiros arguidos aguardam os termos do processo sujeitos à medida de coação de obrigação de permanência na habitação com vigilância electrónica.
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