"Temos mais meios aéreos, mas isso não previne os incêndios", diz Costa

O primeiro-ministro está no terreno a acompanhar as operações de combate aos incêndios.

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© REUTERS/Sarah Meyssonnier

Beatriz Maio
11/07/2022 10:21 ‧ 11/07/2022 por Beatriz Maio

País

Incêndios

O primeiro-ministro António Costa cancelou a visita a Moçambique para estar, esta segunda-feira, na zona Centro do país a acompanhar as operações de combate aos incêndios, no dia em que Portugal entrou em estado de contingência.

Costa alertou para a situação com que o país terá que lidar brevemente, aproveitando para relembrar as medidas impostas: "Iremos viver condições meteorológicas extremas ao longo dos próximos dias, o que exige desde logo uma mobilização de todo o país", disse recordando: "Não é permitido fazer fogo de forma alguma, assim como a utilização de máquinas. Esta semana é totalmente proibido qualquer atividade na floresta".

O chefe do Governo reiterou que os incêndios têm mão humana e que todos devem contribuir para que sejam evitados: "Temos de contar, acima de tudo, com todos, porque os incêndios não nascem de reação espontânea, nascem sempre de ação humana, deliberada dos incendiários, não deliberada dos não incendiários".

De forma a tranquilizar a população, o primeiro-ministro esclareceu que "podemos contar com um sistema bem preparado do ponto de vista de resposta aos incêndios" e que Portugal conta com um total de 60 meios aéreos.

"É muito importante que todos tenham presente que, perante a gravidade da situação meteorológica, é fundamental que todos tenham cuidado", advertiu, salientando que embora o país esteja "mais preparado do ponto de vista estrutural", as condições meteorológicas que se avizinham fazem com que "qualquer descuido desencadeie imediatamente um enorme incêndio".

António Costa confessou que atualmente "há mais meios" do que antes, porém reforçou que ainda que os meios estejam no terreno, "em nada diminuiu a responsabilidade que todos temos de evitar os incêndios", visto que há "um momento a partir do qual não há meios que permitam combater as chamas". "Temos hoje uma estrutura mais robusta, temos mais meios aéreos, mas isso não previne os incêndios", admitiu.

"Temos que agir para proteger as casas, as aldeias e preservar a florestais", aconselhou, frisando: "Temos que saber proteger este capital natural".

O líder do executivo confessou que espera que o país, já em contingência, não chegue à fase seguinte "que é a fase de calamidade". Revelou que, quanto a apoios internacionais, já foi notificado o mecanismo europeu de proteção civil e, desde sábado, estão a atuar meios espanhóis. Contudo, alertou que "outros países vão estar em situação de risco e provavelmente não terão tantos meios disponíveis para ajudar Portugal.

Elucidou ainda que o Governo transferiu para a força aérea a gestão de toda a operação de combate aos fogos rurais, sendo que, nas suas palavras, "isto é um jogo de equipa onde todos os elementos da proteção civil são fundamentais". 

O primeiro ministro segue ainda esta manhã para a Lousã, onde vai visitar um centro de meios aéreos e ira ainda a um ponto de observação de trabalhados do instituto de conservação da natureza e das florestas.

Leia Também: Incêndio em Ourém "completamente dominado" mas trabalhos continuam

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