Caos em Guimarães. Autarca acusa PSP de falhas e já falou com MAI

Presidente da Câmara de Guimarães diz que adeptos identificados deveriam ter sido detidos e pede reforço policial.

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Carmen Guilherme
10/08/2022 11:49 ‧ 10/08/2022 por Carmen Guilherme

País

Guimarães

O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, considerou, esta quarta-feira, que ocorreu "uma falha de segurança" devido à destruição causada, na noite de terça-feira, no centro histórico da cidade, e defendeu que é preciso apurar por que razão a Polícia de Segurança Publica (PSP) "não atuou".

Recorde-se que a PSP de Braga anunciou esta quarta-feira que identificou 154 adeptos do clube croata Hadjuk Split por alegadamente terem arremessado cadeiras e tochas no centro histórico de Guimarães, deixando um rasto de destruição. Face ao sucedido, têm-se multiplicado as críticas à polícia devido aos atos de violência ocorridos.

"Houve esta falha porque nos planos da polícia devia estar prevista esta possibilidade, não é só no dia de hoje, os adeptos deste clube que nos visita, da Croácia, aqui em Guimarães, tem fama e esta má reputação de serem, enfim, muito conflituosos, arruaceiros", disse o autarca, em declarações aos jornalistas, questionando a ausência de planeamento.

"Algo falhou e é preciso saber o que é que falhou, porque de facto a polícia não atuou", defendeu.

"Instalaram o pânico em Guimarães, cidade pacifica, tranquila e, de repente, uma horda de criminosos, é exatamente assim, entra pela cidade dentro, faz esta incursão e instala o pânico e a Policia não esteve, não atuou", reforçou, defendendo que o prejuízo mais significativo é o da "segurança".

"Uma cidade tranquila e segura não pode ter esta reputação", notou.

O autarca considerou que é preciso um reforço policial nestas situações e defendeu que os adeptos identificados deveriam ter sido detidos.

"Quando há um fenómeno destes(...) a nossa Polícia, a Polícia local, a Polícia distrital, tem que ser mais forte e, quando não tem força, como mostra não ter nestes casos, tem de pedir reforços às Polícias especiais, à força especial da Polícia", disse.

"A Polícia Judiciária tem de estar atenta para cortar este mal pela raiz e o Ministério Público também tem de atuar", acrescentou, defendendo que os adeptos identificados deveriam ter sido detidos para "prestarem declarações ao tribunal de modo a que não consigam" dirigir-se à cidade de Guimarães, "nem tão pouco assistir ao encontro" desta tarde.

"É isso que devia ser feito, tem de se cortar o mal pela raiz", sublinhou.

O autarca disse que espera que esteja tudo "alerta e reforçado" para o dia de hoje, para que não se repita o sucedido, e revelou que já entrou em contacto com o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, para pedir um reforço de policiamento.

Questionado sobre os adeptos portugueses que alegadamente também terão estado envolvidos nos distúrbios, Domingos Bragança insistiu que as respostas estão "na base do inquérito que é preciso fazer".

"O inquérito é que vai apurar. Foram pessoas notificadas, o Ministério Público saberá quem é que foi notificado. É preciso ouvi-los, notificar e detê-los", insistiu.

Após a derrota da primeira mão, por 3-1, na Croácia, o Vitória de Guimarães recebe hoje o Hajduk Split, para a segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga Conferência Europa, agendado para as 17h00, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. 

Leia Também: Associação pede demissão de comandante da PSP após caos em Guimarães

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