Numa entrevista ao Público e à Rádio Renascença, o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, diz que a proposta que apresentou ao ministro, e que ainda está a ser trabalhada, prevê que nas áreas metropolitanas de Lisboa e porto a PSP passe a ter "só divisões com mais capacidade" para ter "mais polícias na rua".
"Como forma de mitigar esta questão, a PSP garante que colocará nas juntas de freguesia que deixem de ter instalações policiais um polícia em horário normal de expediente, de forma que possa haver um posto de atendimento para receber queixas, etc...", explica.
Na entrevista, o diretor nacional da PSP assume também, pela primeira vez, que não houve candidatos suficientes nos últimos concursos e defende, por isso, um plano de alojamento para polícias deslocados.
"Temos de conseguir alterar estas dificuldades de recrutamento", diz Magina da Silva, acrescentando que os 26 milhões de euros que resultam dos descontos obrigatórios que os polícias fazem para os serviços sociais, que estavam cativados, vão poder ser usados para dar apoio social aos agentes que começam a carreira.
"Têm uma remuneração inferior, muitos deles são 'despejados' em Lisboa, onde os preços são proibitivos, pouco compatíveis com as remunerações dos polícias", exemplifica.
Sobre a taxa de não preenchimento do último concurso, diz que só foram preenchidas 915 das 1.000 vagas, uma taxa similar à do anterior concurso.
Ainda sobre a falta de atratividade da profissão, diz igualmente que "há muita hostilidade nos meios urbanos onde está a PSP" e "um escrutínio que muitas vezes é maldoso".
"Quando é justo e saudável, é bem-vindo. Quando só aparecem metade das imagens, versões truncadas, o lado B do disco, os polícias sentem que estão sempre sob escrutínio, muitas vezes injusto", afirma.
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