"Ficou marcada uma reunião suplementar para a semana, porque há de facto matérias em que não estamos de acordo", adiantou à Lusa o presidente do Sindepor, no final de mais uma reunião negocial com o Ministério da Saúde sobre a reposição dos pontos perdidos pelos enfermeiros aquando da transição para a nova carreira.
Segundo Carlos Ramalho, a questão da retroatividade dos pagamentos aos enfermeiros que deviam ter progredido em 2018 está a impedir o entendimento entre as duas partes.
"O ministério só quer pagar retroativos a partir de 2022 e nós entendemos, como é óbvio, que esse processo deveria ter acontecido em 2018 e esses retroativos têm de corresponder a essa data", adiantou o dirigente sindical.
Da parte do sindicato, "não aceitamos de forma nenhuma as condições que o ministério quer impor", salientou Carlos Ramalho, ao reconhecer que, com a marcação de uma nova reunião, o Governo manifestou "abertura" para ponderar esta matéria.
"Qualquer enfermeiro, enquanto cidadão, se dever dinheiro ao Estado, tem de pagar multa e juros de mora. Compete ao Governo ser igual", alegou o presidente do Sindepor.
A reunião que decorreu hoje deveria ter sido a última ronda entre sindicatos e o Ministério da Saúde, no âmbito das negociações que se iniciaram em abril ainda com o anterior ministra da Saúde, Marta Temido.
Devido à demissão de Marta Temido no final de agosto, estas negociações ficaram suspensas, tendo sido retomadas em 26 de outubro já com a nova equipa do ministro Manuel Pizarro.
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