O Hospital de Coimbra foi condenado a indemnizar uma paciente depois de na sequência de tratamentos terem deixado compressas num pulmão.
A notícia é avançada esta terça-feira pela CNN Portugal, que explica que o material terá sido deixado no pulmão esquerdo e que essa situação terá levado a que parte desse órgão tenha sido removido. A paciente e a unidade chegaram a um acordo no valor de 36 mil euros.
De acordo com a publicação, tudo começou em 2012, quando após ser detectada uma massa no pulmão, a utente foi encaminha do hospital de Viseu para o serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. No local, foi realizada uma nova biópsia - já que o resultado da primeira, em Viseu, tinha dado inconclusivo. A biópsia terá sido realizada em bloco operatório e com anestesia geral, e consequentemente diagnosticada com um linfoma pulmonar.
Segundo a publicação, a utente foi submetida a tratamentos de quimio e radioterapia durante quatro anos, período após o qual a massa não desapareceu, e terá sido pelos médicos relacionada com sequelas dos tratamentos.
Ainda segundo a contestação que o hospital apresentou ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, citada pela CNN, a unidade garante ter cumprido com os protocolos estabelecidos. A unidade terá defendido que cumpriu, inclusive, com a contagem das compressas, alegando que o terá acontecido foi uma desfragmentação do material.
A CNN cita ainda o relatório pericial do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, cujo resultado aponta para que a remoção do lobo superior esquerdo tenha sido causada pela presença do material.
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