Pizarro: "Hoje o funcionamento das urgências esteve relativamente calmo"
Ministro reconheceu, ainda assim, que "em alguns dias e em algumas horas, certas urgências têm estado demasiado pressionadas".
© Carlos Pimentel/Global Imagens
País Saúde
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, na sequência de uma reunião com os homólogos europeus para discutir questões relacionadas com a situações pandémica, garantiu que "hoje o funcionamento das urgências esteve relativamente calmo", citando nessa afirmação os "dados que estão permanentemente disponíveis no Portal da Transparência do Ministério da Saúde".
Em declarações proferidas perante os jornalistas a partir de Bruxelas, na Bélgica, o governante clarificou que apesar de descrever a situação desse modo, existiu ainda "muita afluência" às urgências, embora "com capacidade dos serviços para dar resposta".
"Mas eu reconheço que, em alguns dias e em algumas horas, certas urgências têm estado demasiado pressionadas, com tempos de espera que são absolutamente indesejáveis", acrescentou ainda Manuel Pizarro.
Apesar de todas essas ressalvas, o responsável máximo pela pasta da Saúde garante que esses mesmos serviços têm sido "capazes de ver todas as pessoas" e, "mesmo nessas urgências muito pressionadas, de resolver os problemas" que a elas chegam.
"É preciso que as pessoas liguem à linha Saúde24 e sejam orientadas, quando não precisam de ir à urgência, para sítios onde possam encontrar uma resposta"
Face a este momento de maior dificuldade que tem vindo a ser vivido pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), o governante considerou ainda que "todos temos de dar um pouco de tempo" e de "fazer a pedagogia" - para que as "pessoas, sempre que possível, utilizem os meios alternativos".
O ministro da Saúde destacou ainda que entre os dias de quinta-feira e de domingo, existem "quase 200 centros de saúde abertos em horários complementares, durante os dias do fim de semana e até ao início da noite". E, por essa razão, "é preciso que as pessoas liguem à linha Saúde24 e sejam orientadas, quando não precisam de ir à urgência, para sítios onde possam encontrar uma resposta", explicou ainda. Isto de modo a que, também, "os serviços de urgência possam também responder mais atempadamente àqueles que precisam mesmo de lá ir".
A propósito de um pedido de reunião com Manuel Pizarro que terá sido, entretanto, feito pelos autarcas de Palmela, Sesimbra e Setúbal, o governante disse que, "até quarta-feira ao final do dia" tal "pedido ainda não tinha chegado". Porém, garantiu ainda que, caso o receba entretanto, a reunião "será certamente marcada", para discutir as "dificuldades" que assumiu que têm vindo a ser registadas nos serviços de urgência.
"Tenho recebido todas as pessoas, grupos profissionais, e presidentes da Câmara que querem falar comigo", assegurou ainda Manuel Pizarro.
O atendimento nas urgências hospitalares tem sido, nos últimos meses, uma das questões mais problemáticas no seio do setor da saúde nacional. A antecessora de Manuel Pizarro, Marta Temido, viria efetivamente a renunciar ao cargo num contexto que era já de crise nas urgências hospitalares do SNS.
[Notícia atualizada às 16h33]
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