Cerca de três milhões e 400 mil doses de vacinas contra a Covid-19 vão ser destruídas por terem passado o prazo de validade - que é de seis a nove meses -, no final do ano, avançaram os responsáveis pela vacinação em Portugal.
Segundo o Coronal Carlos Penha Gonçalves, do Núcleo de Apoio ao Ministério da Saúde, em declarações à RTP1, em causa está "a decisão estratégica de manter sempre uma reserva de vacinas para garantir que em qualquer evolução nós possamos ter vacinas para dar às pessoas".
No entanto, o país tem "provavelmente a melhor adesão a doses de reforço da Europa" e o que Portugal quis foi "garantir que o número de doses e o número de reforços que fossem planeados, nós teríamos vacinas para dar a todas as pessoas" que quisessem ser vacinadas.
Das doses que sobraram, Portugal doou mais de 8.600 milhões.
Ao todo, foram administradas 26 milhões e 500 mil doses das 38 milhões e 500 mil compradas pelo país.
No final de novembro, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) anunciaram que pessoas com 60 ou mais anos podiam começar a tomar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 e a vacina da gripe na modalidade de “casa aberta”.
Segundo os SPMS, já foram vacinados mais de 2,4 milhões de utentes contra a covid-19 e mais de 2,1 milhões contra a gripe, em Portugal Continental, dos quais mais de 1,6 milhões receberam as duas vacinas em simultâneo entre o dia 7 de setembro e 30 de novembro, no âmbito da campanha de vacinação outono/inverno.
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