CNA lamenta "trapalhadas" na Agricultura e reclama alteração de políticas
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) lamentou esta sexta-feira que o Governo e o Ministério da Agricultura percam tempo com "trapalhadas", na sequência da demissão da secretária de Estado Carla Alves, e reclamou uma alteração de políticas.
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País Agricultura
"Face à demissão da secretária de Estado da Agricultura, um dia depois da tomada de posse em substituição do anterior titular, a CNA considera que é de lamentar que o Governo e o Ministério da Agricultura percam tempo com 'trapalhadas', numa altura em que é por demais urgente resolver os problemas do setor", defendeu, em comunicado, a CNA.
Assim, vincou que, além dos titulares dos cargos é "verdadeiramente preciso" mudar as políticas para o setor agroflorestal e para o mundo rural.
A secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, apresentou, esta quinta-feira, a sua demissão por entender não dispor de "condições políticas e pessoais" para iniciar funções, um dia após a tomada de posse.
Para a CNA, a degradação dos rendimentos, os custos de produção e as novas regras introduzidas pelo Plano Estratégico Nacional da Política Agrícola Comum (PEPAC) exigem "um Ministério da Agricultura forte e operativo".
A confederação exigiu que o Governo aproveite esta nova mudança de titulares para "promover o desenvolvimento da produção nacional e do mundo rural, com a justa remuneração do trabalho dos agricultores e para dinamizar o Estatuto da Agricultura Familiar".
O Correio da Manhã noticiou, na quinta-feira, que a nova secretária de Estado da Agricultura tem várias contas bancárias arrestadas, no âmbito de uma investigação que envolve o seu marido e antigo presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira.
De acordo com jornal, entre 2013 e 2020, o casal declarou rendimentos inferiores aos montantes que tinha no banco, uma discrepância que foi constatada após ter sido levantado o segredo bancário.
O Ministério Público mandou arrestar bens do antigo autarca, num processo que envolve mais de 4,7 milhões de euros.
Em causa estão vários negócios celebrados entre 2006 e 2015, que envolvem também uma sociedade, um empresário e o reitor do antigo seminário deste concelho do distrito de Bragança.
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