Covid-19. Portugal passa a exigir teste negativo a viajantes da China
Portugal junta-se a outros países como Áustria, Alemanha, Suécia e Bélgica, que já tinham anunciado que vão exigir testes aos viajantes oriundos da China.
© Adria Salido Zarco/Getty Images
País Covid-19
A partir deste sábado, Portugal vai passar a testar à Covid-19, de forma aleatória, os passageiros de voos provenientes da China, segundo anunciou, esta sexta-feira, o Ministério da Saúde. No domingo, passa a exigir-se um teste realizado até 48 horas antes do embarque.
"A partir das zero horas do dia 07 de janeiro de 2023, os passageiros de voos provenientes da China serão sujeitos a testagem aleatória, mas de carácter obrigatório", lê-se num comunicado da tutela liderada por Manuel Pizarro, segundo o qual no dia seguinte "os passageiros provenientes daquele país terão de apresentar, no momento do embarque, um teste negativo, PCR ou TRAg, realizado no máximo até 48 horas antes do início do voo".
Segundo o Governo, "as companhias áreas são responsáveis pelo cumprimento da medida no embarque".
Portugal junta-se assim a Áustria, Alemanha, Suécia e Bélgica, que já tinham anunciado que vão exigir testes aos viajantes oriundos da China.
A medida surge depois de a União Europeia ter recomendado "fortemente" que os Estados-membros exijam a todos os viajantes da China um teste negativo para a covid-19 realizado a menos de 48 horas da partida.
Simultaneamente, revela o Ministério da Saúde, "serão aplicados mecanismos de monitorização de águas residuais no Aeroporto Internacional Humberto Delgado, em Lisboa e nas aeronaves provenientes da China, com vista à identificação de vírus SARS-CoV-2 e posterior sequenciação genómica".
Os passageiros e tripulação de voos com origem e destino na China, "devem usar máscara durante o voo e reforçar as medidas de higiene, designadamente lavagem e desinfeção das mãos".
"Portugal continuará a monitorizar o cumprimento destas medidas no contexto da União Europeia e tendo em conta a troca permanente de informação com os outros Estados-membro e com as organizações internacionais de saúde", adianta o Governo, que nota que, de acordo com a avaliação de risco do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), de 22 de dezembro de 2022, "não é de prever" que o aumento dos casos de Covid-19 na China "tenha impacto na situação epidemiológica" da UE, "considerando a cobertura vacinal da população, o conhecimento e preparação dos sistemas de saúde".
Face a este período, "em que há maior quantidade de vírus respiratórios em circulação", as autoridades de saúde recomendam a adoção de medidas de proteção individual, "nomeadamente de etiqueta respiratória, lavagem frequente das mãos, ventilação de espaços e medidas adicionais de proteção em contextos de maior risco de exposição", "através do distanciamento e da eventual utilização de máscaras".
Por fim, o Ministério da Saúde apela a todas as pessoas elegíveis "para que façam a vacinação ou dose de reforço contra a Covid-19", uma importante medida de proteção "individual e populacional perante esta e outras ameaças futuras relativamente ao vírus".
[Notícia atualizada às 20h40]
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