Ricardo Leão, presidente da Câmara Municipal de Loures, que aprovou, em novembro do ano passado, um investimento de 9 milhões de euros no âmbito da Jornada Mundial da Juventude, disse esta quinta-feira que o investimento será o ponto de partida para, uma vez acabadas as obras, o município aproveitar aqueles terrenos para criar um parque verde que permita "recuperar" a zona ribeirinha de Loures.
"Passaram muitos governos por aqui e aquele espaço [se não fosse pela JMJ] continuaria como estava. Se me pergunta se estes 9 milhões de euros da parte da Câmara de Loures é investimento bem-vindo, digo-lhe que sim, porque é um terreno que depois virá à posse da Câmara para a criação de um grande parque verde e que, finalmente, vamos devolver" esse espaço aos munícipes, defendeu o socialista, à SIC Notícias, ironizando que "só com este 'milagre' é que conseguimos retirar, finalmente, estes contentores deste espaço e permitir que as pessoas possam usufruir dessa frente ribeirinha".
Leão referia-se aos contentores que ocuparam esses terrenos onde nascerá, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, o Parque Tejo, espaço que acolherá a missa do Papa Francisco em agosto.
"A minha ideia é, a seguir à JMJ, apresentar o tal projeto para esse parque de verde de usufruição", disse o autarca, que se mostrou seguro de que o valor orçamentado de 9 milhões de euros não sofrerá "resvalamentos".
A Jornada Mundial da Juventude, para muitos o maior acontecimento da Igreja Católica, realiza-se este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas. As principais cerimónias da jornada - que tem como momento alto uma missa dirigida pelo Papa Francisco - decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
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