Os investigadores da Associação para o Desenvolvimento de Aerodinâmica Industrial (ADAI), fundada pelo catedrático jubilado Domingos Xavier Viegas, e os colegas realizarão exercícios que "envolvem a recriação de uma ocorrência de incêndio" que, por sua vez, "provoca um acidente industrial", na área entre as povoações de Cilleros, Espanha, e Monfortinho, no município de Idanha-a-Nova.
As atividades no âmbito da proteção civil visam "a capacitação na definição de estratégias de resposta a ocorrências naturais e industriais", usando uma "ferramenta de apoio à decisão" desenvolvida no âmbito do projeto Vulnerable Elements in Spain and Portugal and Risk Assessment (VESPRA), refere em comunicado a assessoria da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
"Utilizando a plataforma VESPRA no apoio à decisão, os participantes dos dois países serão convidados a definirem uma estratégia conjunta de resposta a esta hipotética ocorrência internacional", adianta.
A plataforma foi criada "para analisar e avaliar a vulnerabilidade de elementos expostos a diferentes perigos, tais como incêndios rurais, acidentes industriais, incluindo acidentes nucleares, e episódios de meteorologia extrema".
"A ferramenta pode servir de apoio à decisão, tanto na fase de planeamento, como na fase de resposta a este tipo de ocorrências", explicam os promotores.
Através do projeto VESPRA, as instituições envolvidas pretendem "melhorar os mecanismos de gestão de risco em áreas transfronteiriças em emergências, podendo ser utilizado em qualquer região".
No entanto, a área objeto de estudo é a região transfronteiriça entre a Extremadura espanhola e o território português da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Beira Baixa.
O projeto tem apoio da Comissão Europeia, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (Portugal) e da Proteção Civil do Ministério do Interior (Espanha).
Participam no projeto, além da ADAI, a Universidade de Aveiro, a CIM da Beira Baixa, a Junta de Extremadura (Espanha), o Instituto Politécnico da Catalunha e a empresa espanhola Meteogrid, coordenadora do projeto.
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