Vaticano demarca-se da polémica do altar-palco e diz que não interferiu

Vaticano reagiu à polémica dos custos associados à Jornada Mundial da Juventude.

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Marta Amorim com Lusa
27/01/2023 15:16 ‧ 27/01/2023 por Marta Amorim com Lusa

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JMJ

O Vaticano esclareceu que não tomou nenhuma decisão no que concerne à construção do polémico altar que custará vários milhões de euros e no qual o Papa Francisco celebrará uma missa na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em agosto deste ano, em Lisboa. A informação foi veiculada através da Agência Católica de Informação (ACI).

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, afirmou, em declarações ao ACI Prensa, que "a organização do evento é local" e que, por isso, a decisão dos custos caberia à Câmara Municipal da capital portuguesa.

A polémica em torno dos custos do altar-palco, onde o papa Francisco deverá celebrar a missa de encerramento da JMJ, cujo custo ronda os cinco milhões de euros, de acordo com os contratos adjudicados por ajuste direto, disponíveis no Portal Base.

Na quinta-feira, o Presidente da República afirmou que desconhecia o custo do altar-palco e saudou as declarações do bispo Américo Aguiar sobre esta matéria.

O chefe de Estado, que falou pouco depois da conferência de imprensa do bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ 2023, considerou, por outro lado, que Américo Aguiar, "e muito bem", se mostrou "sensível à compatibilização de dois objetivos: um, que a jornada seja uma projeção de Portugal no mundo; segundo, que tenha em linha de conta as circunstancias económicas e sociais vividas neste momento".

O bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, coordenador do evento em Lisboa, disse na quarta-feira, em conferência de imprensa que "não sabia nem tinha que saber" do custo da obra, rejeitando que resulte de qualquer imposição por parte da igreja portuguesa, que apresentou requisitos que eram "sugestões" e não "imposições".

Disse também que o valor que veio a público "magoa todos" e que está agendada uma reunião para a próxima semana com os técnicos da Câmara Municipal de Lisboa e da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), responsável pelo projeto, para tentar eliminar o que for possível eliminar.

A Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai decorrer entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

Sublinhe-se que o investimento total para receber o Papa Francisco está envolto em polémica devido aos custos. Segundo as previsões anunciadas pela Câmara Municipal de Lisboa, o evento deverá superar os 20 milhões de euros. A autarquia, através do presidente, Carlos Moedas, garante que o palco e muitas das estruturas serão reutilizadas para outros eventos.

Leia Também: Sem "responsabilidade", Marcelo não estará na reunião sobre custos da JMJ

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