Simpatia contra professores? "As pessoas compreendem", diz Mário Nogueira

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, referiu, em entrevista à RTP1, que "as pessoas compreendem, principalmente as pessoas cujos filhos não têm professores, ou cujos filhos têm professores que não são diplomados".

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Inês Frade Freire
02/02/2023 08:42 ‧ 02/02/2023 por Inês Frade Freire

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O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, questionado, na manhã desta quinta-feira, sobre o comentário feito pelo Presidente da República ontem de que pode haver "um momento em que simpatia pode virar-se contra professores", respondeu que, na sua opinião, "as pessoas compreendem".

De acordo com Mário Nogueira, em entrevista à RTP1, foi satisfatório ouvir o comentário porque "foi o reconhecimento de que a opinião pública está ao lado da causa". "Os professores estão a lutar pela profissão, que se não for valorizada vai acabar por ter cada vez mais professores menos personalizados", apontou.

No entanto, o secretário-geral da Fenprof refere que crê que "as pessoas compreendem, principalmente as pessoas cujos filhos não têm professores, ou cujos filhos têm professores que não são diplomados".

Sobre o que se pode esperar para as reuniões desta quinta-feira entre sindicatos de professores e o Ministério da Educação, o sindicalista diz esperar mais destas reuniões "que o pouco que saiu das anteriores negociações".

No entanto, as expetativas não são animadores, uma vez que, segundo o dirigente, para os sindicatos terem uma expetativa mais elevada, tinham de já ter recebido o documento sobre o que ia ser apresentado e "não temos".

Sobre o que podia ser feito por parte do Governo para para a greves serem desconvocadas imediatamente, o secretário-geral da Fenprof destacou que seria difícil isso acontecer uma vez que "o governo que nem aceita falar da contagem dos professores".

Realiza-se hoje a quarta ronda negocial para a revisão do regime de recrutamento e mobilidade de pessoal docente e, pela primeira vez nestas negociações, o ministro da Educação e secretário de Estado vão sentar-se à mesa, no ministério, a partir das 10h00, com todas as organizações sindicais em simultâneo.

Leia Também: "Muitas vezes, para trabalhar, um professor tem de pagar"

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