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Portugal comprometido com estabilidade na República Centro-Africana

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, reiterou aos parceiros africanos o compromisso de Portugal na consolidação da estabilidade na República Centro-Africana (RCA), onde estão empenhados mais de 200 militares portugueses.

Portugal comprometido com estabilidade na República Centro-Africana
Notícias ao Minuto

15:28 - 18/02/23 por Lusa

País RCA

Esse foi o tema abordado nos encontros do governante português à margem à margem da 36.ª Cimeira da União Africana, que decorre hoje e domingo em Adis Abeba.

"Nas reuniões com parceiros africanos, o MNE [ministro dos Negócios Estrangeiros] português reiterou o compromisso para com a estabilização da RCA, tendo sido discutidas abordagens com o objetivo fundamental de garantir a paz, segurança e estabilidade no país", referiu à Lusa fonte do ministério liderado por João Gomes Cravinho.

Portugal conta com 215 militares, essencialmente paraquedistas, no país, cujo trabalho tem sido elogiado pelas autoridades locais, refere o ministério.

Os militares portugueses integram neste país, desde 2017, a missão das Nações Unidas (Minusca), estando Portugal também presente nas duas missões da União Europeia a atuar na RCA: uma missão militar de treino (EUTM RCA) e uma missão civil de aconselhamento e monitorização (EUAM RCA).

"A apreciação do trabalho do contigente português pelas autoridades centro-africanas é muito positiva".

Na sexta-feira, em declarações à Lusa, o ministro admitiu a saída futura dos militares portugueses, mas tudo dependerá da estabilização do país.

"É neste contexto que deverá ocorrer a retirada dos militares", esclareceu.

A República Centro-Africana caiu no caos e na violência em 2013, após o derrube do então presidente, François Bozizé, por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas na anti-Balaka.

Desde então, o território centro-africano tem sido palco de confrontos comunitários entre estes grupos, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes da RCA a abandonarem as suas casas.

Leia Também: Cravinho discutiu futura retirada de militares da RCA após pacificação

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