A greve de enfermeiros em unidades de saúde privadas no país, a primeira paralisação destes profissionais fora do setor público, está a ter uma "adesão maciça", com as 75 unidades de saúde afetadas a estarem praticamente paradas.
À CNN Portugal, Nuno Agostinho, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), explicou que "havia uma ideia de um descontentamento enorme junto dos enfermeiros, um descontentamento que se está a traduzir num adesão maciça a esta greve".
"Em termos de blocos operatórios, estão praticamente parados e só as equipas de prevenção é que estão a funcionar neste momento", acrescentou o sindicalista.
Esta é a primeira greve dos cerca de 4.200 enfermeiros que trabalham nas unidades de saúde abrangidas pela Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP).
Os enfermeiros destas unidades privadas reclamam a implementação das 35 horas semanais e a regulação dos horários de trabalho, um acréscimo remuneratório mensal para quem trabalha por turnos e o pagamento do regime de prevenção.
Além disso, reivindicam o aumento da compensação das chamadas "horas penosas" trabalhadas à noite, nos fins de semana e feriados, assim como um aumento salarial de 10% e do subsídio de refeição para todos os enfermeiros e 25 dias úteis de férias por ano.
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