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Liga dos Chineses quer câmaras de comércio com a lusofonia

O presidente da Câmara de Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal - China, Y Ping Chow, disse à Lusa que estar a tentar criar estruturas similares com países lusófonos, algo formalizado com a Guiné-Bissau já na sexta-feira.

Liga dos Chineses quer câmaras de comércio com a lusofonia
Notícias ao Minuto

07:05 - 13/04/23 por Lusa

País Lusofonia

"Posso já dar conhecimento que no dia 14 deste mês, em Lisboa, vai ser constituída a primeira câmara do comércio deste género entre Portugal, Guiné-Bissau e a China", disse à Lusa, no Porto, Y Ping Chow.

O responsável, que também é presidente da Liga dos Chineses em Portugal, disse à Lusa que especialmente os países africanos "têm uma boa relação com a China", algo que a Câmara do Comércio de Pequenas e Médias Empresas Portugal - China (CCPC-PME) "reconhece", havendo a "possibilidade de fazer alguma coisa" com essas boas relações.

"Neste momento estamos a tentar criar uma Câmara de Comércio entre Portugal, a Câmara de Comércio Portugal-China, que tem relações com a China, e os países de África e de língua portuguesa", adiantou à Lusa.

Y Ping Chow assumiu a vontade de "fazer várias câmaras de comércio de vários países diferentes", mas com Portugal como plataforma.

Além da Guiné-Bissau, o objetivo é "tentar criar Portugal-Angola-China e assim por diante".

Falando antes da vinda do chefe de Governo de Macau, Ho Iat Seng, a Portugal, entre os dias 18 e 22 de abril, Y Ping Chow disse que o papel da Região Administrativa Especial atribuído por Pequim "é relacionar-se com a CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa".

"Macau tem feito um bom trabalho nessas relações", disse à Lusa, mas admitiu que "o resultado não está como se prevê".

"Embora se tenha criado o Fórum de Macau, estão lá os países representados todos, na minha opinião podia-se fazer muito melhor", disse Y Ping Chow à Lusa.

O responsável associativo disse ter "a certeza" de que a CCPC-PME, tendo "relação privilegiada com Macau, e especialmente com as províncias" chinesas, pode "servir como elo de ligação entre os países de língua portuguesa através de Portugal, a relacionar com Macau e até mesmo com a China interior".

Questionado acerca da saída de empresários lusófonos de Macau na sequência das medidas tomadas aquando da pandemia de covid-19, Y Ping Chow antecipou que passada a "fase de extremas exigências" quanto ao controlo da pandemia, voltarão ao território.

O chefe do executivo de Macau visita Portugal entre 18 e 22 de abril, estando previstos encontros com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

A acompanhar Ho Iat Seng está uma comitiva de 50 empresários locais, com várias visitas a parceiros portugueses, com foco nos setores alimentar e farmacêutico.

Com o apoio do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, a comitiva tem visitas agendadas para Lisboa e Porto, com encontros com a Associação de Comerciantes e Industriais Luso-Chinesa e a Câmara de Comércio Portugal-China Pequenas e Médias Empresas.

Visitas de trabalho ao hospital da Luz, Quinta da Marmeleira (Alenquer), grupos Amorim, Sovena e Delta, entre outras, estão também agendadas. Em paralelo, entre 15 e 22 de abril, será realizado diariamente um espetáculo de 'videomapping' no Terreiro do Paço evocativa de Macau, numa iniciativa da Direcção dos Serviços de Turismo de Macau (DST).

Leia Também: "Macron acabou [a visita] com a China a beijar-lhe o traseiro", diz Trump

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