"Hoje, detetámos 19 árvores [com o furo] e estamos a fazer um levantamento exaustivo de todo o património arbóreo para percebermos qual a dimensão", afirmou hoje à Lusa o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo.
Filipe Araújo esclareceu que foram encontrados "furos de grande dimensão" em algumas das árvores classificadas naquela zona, designadamente metrosideros, e que a autarquia suspeita que tenham sido inseridos pesticidas no seu interior "com intenção de matar".
"Já foi comunicado às autoridades, que devem proceder às investigações para tentar ver se se consegue detetar quem anda a cometer esse crime, que é um crime contra o património, nomeadamente ali, onde temos um conjunto arbóreo classificado", adiantou o vice-presidente, que detém o pelouro do Ambiente da Câmara do Porto.
De acordo com o 'site' da Câmara do Porto, na Avenida Montevideu, na zona da Foz, existem atualmente 82 árvores classificadas, 81 da espécie 'Metrosideros excelsa' e uma da espécie 'Metrosideros robusta'.
Filipe Araújo afirmou que a autarquia "tudo fará para salvar" aquelas árvores, mas admitiu que algumas "já não têm solução" e terão mesmo de ser abatidas.
"Vamos avaliar todos os danos para perceber aquelas em que há ainda algo que possamos fazer para as salvar", observou.
Os furos, feitos no tronco de cada um dos 19 exemplares, foram detetados pela autarquia.
De momento, disse o vice-presidente, a autarquia não tem "nenhuma suspeita", mas está "bastante preocupada" dado o elevado número de árvores afetadas.
"Temos um problema grave", concluiu Filipe Araújo.
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