O Chefe do Estado-Maior da Armada, o almirante Gouveia e Melo, rejeitou, em declarações à Renascença esta quinta-feira, qualquer possibilidade de se candidatar às próximas eleições presidenciais.
"Sobre essa matéria tenho a dizer de forma muito clara que não sou protocandidato a nada, como já referiram muitas vezes", disse, em declarações à rádio citada. E acrescentou: "Isto é um não. Quando eu digo não, é não".
Desta feita, Gouveia e Melo acrescentou que optou por fazer este anúncio pelo facto de não gostar de se sentir pressionado nos seus direitos enquanto cidadão - e, também, por sentir que tal alegação tem prejudicado a sua capacidade de atuação enquanto responsável militar. O que, na sua ótica, "não é bom".
"Não gosto que me imiscuam na área política. Sou militar e não tenho intenção no futuro de candidatar-me", asseverou ainda o almirante Gouveia e Melo.
A posição do Chefe do Estado-Maior da Armada agora divulgada surge apesar de ele ter vindo a ser - desde o protagonismo que assumiu com a coordenação do plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal - um dos nomes sugestionados como eventual candidato às eleições presidenciais agendadas para 2026.
Aliás, ele próprio assumiu, em março deste ano, em entrevista à SIC, que essa era uma "pergunta legítima".
Uma sondagem da Intercampus divulgada em fevereiro deste ano (liderada pelo ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho) elencou o almirante Gouveia e Melo como o quarto preferido dos portugueses para assumir a Presidência da República no próximo escrutínio, com 10% das intenções de voto. Isto depois de, na anterior sondagem, em novembro, ter surgido no primeiro lugar da tabela.
[Notícia atualizada às 15h42]
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