Numa declaração à imprensa, explica-se que o envio do material eleitoral é feito "ao abrigo da cooperação eleitoral entre Portugal -- através dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna -- e a Guiné-Bissau, sendo o transporte assegurado por voo civil também suportado pelo Estado Português".
"O contributo português inclui boletins de voto, atas constitutivas e de apuramento, folhas de descarga de votos, lista de votantes, minutas de protestos e reclamações, entre outro material necessário às eleições, que serão entregues às autoridades guineenses pelo embaixador de Portugal em Bissau", acrescenta-se na nota.
O material eleitoral que vai ser enviado está orçado em 290 mil euros e Portugal disponibiliza "ainda uma contribuição adicional de 250 mil euros".
"Ambas as contribuições enquadram-se nos esforços internacionais que têm vindo a ser realizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)", explica-se na nota.
O ministério liderado por João Gomes Cravinho adianta que Portugal disponibilizou no final de 2022, a pedido das autoridades guineenses, um montante extraordinário de cinco milhões de euros para o Orçamento Geral do Estado da Guiné-Bissau, "para fazer face ao agravamento da conjuntura económica e financeira internacional, visando reforçar o apoio da cooperação portuguesa às áreas da educação e da saúde, bem como do robustecimento da democracia, designadamente através do apoio à realização de processos eleitorais".
"Portugal reconhece a importância das eleições legislativas do próximo dia 04 de junho na Guiné-Bissau para a vida política e para o desenvolvimento do país", conclui a nota à imprensa.
Duas coligações e 20 partidos políticos iniciaram em 13 de maio a campanha eleitoral para as sétimas eleições legislativas de 04 de junho, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido em 18 de maio de 2022.
A campanha eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer até 02 de junho.
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