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PSP envolve mais de 10 mil polícias na segurança e policiamento da JMJ

Mais de 10.000 elementos da Polícia de Segurança Pública vão estar mobilizados para a segurança e policiamento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza em Lisboa na primeira semana de agosto, revelou hoje o diretor nacional da PSP.

PSP envolve mais de 10 mil polícias na segurança e policiamento da JMJ
Notícias ao Minuto

16:03 - 29/05/23 por Lusa

País JMJLisboa2023

Os números foram avançados por Manuel Magina da Silva durante uma visita à sede do Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude, no Beato, em Lisboa.

Segundo o diretor nacional da PSP, estão incluídos nestes 10.000 polícias os cerca de 7.000 elementos que fazem parte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) e os 2.800 polícias que vêm de outros comandos do país para reforçar o Cometlis durante a JMJ, ficando ainda por contabilizar o efetivo da Unidade Especial de Polícia.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ vai realizar-se entre 01 e 06 de agosto em Lisboa, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

Magina da Silva afirmou que o objetivo é "garantir que o comandante do Cometlis vai estar na máxima capacidade operacional e com todos os recursos que precisa".

"Por isso tive que tomar uma medida impopular entre os polícias, que foi suspender as férias entre 26 de julho e 07 de agosto", disse aos jornalistas o diretor nacional, precisando que, "além de todo o efetivo do Cometlis, vão reforçar o comando de Lisboa 2.800 polícias".

Magina da Silva afirmou também que a PSP já teve encontros com a polícia espanhola relativamente à jornada que o país vizinho organizou em Madrid, em 2011, para ver "as lições aprendidas e onde se pode evitar problemas", mas a coordenação internacional entre as polícias será garantida pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro.

"Teremos nesse período vários polícias de vários países, inclusive na componente da Interpol e Europol que estarão cá para prestar todo o apoio que for necessário, ao nível das informações e avaliações de risco", adiantou.

Magina da Silva explicou que o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI) é o responsável pelo controlo e coordenação de todas as entidades envolvidas na segurança e proteção da JMJ.

Questionado sobre o plano de mobilidade existente e que foi apresentado o início de abril, o diretor nacional da PSP afirmou que ainda está a ser feito.

"Temos dado os nossos contributos, as dificuldades que se põem vão ser ao nível da circulação dos meios de transporte, nomeadamente de autocarros e também os fluxos de pessoas até aos locais dos eventos, mas já temos soluções para isso tudo. Vai ter um grande impacto na mobilidade de todos os que estão em Lisboa", frisou.

O mesmo responsável deu igualmente conta que durante a JMJ vai ser reposto o controlo de fronteiras aéreas e marítimas, esclarecendo que não vão ser fechadas, como aconteceu durante os estados de emergência decretados no período da pandemia de covid-19.

"Vai haver um controlo nas fronteiras terrestres e aéreas independente da origem dos peregrinos que entrarem nesse período", disse.

Sobre o alojamento, transporte e alimentação do efetivo que vêm de outros comandos para Lisboa, Magina da Silva disse que "cabe ao diretor nacional da PSP, em conjugação com o secretário-geral do SSI e ministro da Administração Interna assegurar as condições logísticas adequadas e possíveis para os polícias".

O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública afirmou ainda que estão em curso alguns processos aquisitivos para a JMJ, nomeadamente material relacionado com barreiras físicas.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A edição deste ano contará com a presença do Papa Francisco, que estará em Portugal entre 2 e 6 de agosto.

A JMJ de Lisboa esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19.

Leia Também: JMJ. CEO do SNS "não quer limitar muito" férias de profissionais de saúde

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